Antonio Gramsci foi um pensador italiano, do inicio do século XX, muito ligado ao pensamento comunista e anti-fascista. Escreveu para vários jornais comunistas e encontrava no socialismo a base de seus anseios e críticas. Foi perseguido pelo regime de Mussolini e morreu aos 46 anos, pouco depois de sair da prisão.
Para Gramsci, a ideologia é usada a favor da classe dominante. Ou seja, a dissimulação da realidade tem a função de alienar as pessoas com o objetivo de atender aos desejos da elite, que é quem de fato sai ganhando com isso.
O pensador diz que a transmissão da cultura e da ideologia, se encaixam na hegemonia (do grego supremacia, preponderância), em outras palavras, é ela quem impõe aos demais certas crenças, valores, estilo de vida, etc.
Gramsci fala em sua obra dos aparelhos de hegemonia. Trata-se dos meios de comunicação a serviço da classe social dominante. A imposição deles no poder não se faz apenas com guerras, justiça ou policia, mas, também se faz pelo convencimento.
Para tanto, jornais, revistas, etc. estariam a serviço dos poderosos, alienando o senso comum, enquanto as pessoas mais elevadas na sociedade estivessem indo ao encontro de seus interesses. Sendo assim, enquanto estivéssemos nos entretendo, a elite estaria trabalhando em prol de si mesma. Além dessa reprodução envolta nos meios de comunicação, a própria Educação estaria a serviço da hegemonia.
Contudo, existe a contra-hegemonia, que é realizada por intelectuais orgânicos, que questionam o sistema, geralmente, eles estão atrelados aos partidos de esquerda, aos sindicatos, etc. Seu trabalho é realizado com a elaboração de jornais, panfletos, etc, que tem a função de esclarecer a classe trabalhadora a cerca dos verdadeiros propósitos da burguesia.