Há um tempo atrás, em meu post "Karl Marx e os modos de produção", eu escrevia a respeito do materialismo histórico e de como o pensador desenvolveu sua teoria. Porém, um dos pontos mais relevantes do estudo de Marx trata-se do conceito de mais valia, segundo o qual, o trabalhador trabalha horas a mais para enriquecer o patrão.
Para entender esse conceito, é preciso entender que para Marx a relação de trabalho é composta de iguais. O patrão é dono das máquinas, mas o trabalhador é dono de sua força de trabalho. Ou seja, ambos são proprietários.
Porém, no capitalismo, o patrão explora o operário a medida em que não paga por toda a jornada de trabalho, mas se apropria de parte dela. Isso ocorre com patrões do mundo inteiro, que assim, enriquecem rapidamente e dobram de capital.
Talvez por isso mesmo, o mundo do trabalho divida as pessoas em classes sociais. formando um abismo entre elas. Se por um lado se prega que todos podem alcançar o sucesso, por outro, fica inviável numa relação onde há desigualdade. Para Marx, a sociedade capitalista se desenvolve em torno da luta de classes.
Na mais valia, Marx explica o óbvio, que o trabalhador não é recompensado na medida exata do seu esforço produtivo. Ao contrário, o patrão sempre sai lucrando nessa relação, ficando com a maior parte para si e enriquecendo as custas do trabalho de seus funcionários. Uma relação que era pra ser igual, termina pendendo para o lado do mais forte, no caso o patrão, que detém os meios de produção (as máquinas).
Sendo assim, se explica as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores do mundo todo, que muito se doam e pouco recebem. Além disso, os patrões muitas vezes não dão as condições de trabalho ideais para o trabalhador, explorando-o duplamente.
Enfim, o estudo marxista baseia assim o seu pensamento que tem ultrapassado os seculos, sendo ainda muito discutido, porque próximo ao cotidiano de muitos.