domingo, 22 de novembro de 2015

Joana D'Arc - a heroína que atravessou os séculos:


Joana D'Arc foi uma brava mulher que ousou lutar pela França em plena Guerra dos Cem Anos.

Joana D'Arc foi uma jovem mulher francesa, que viveu num período muito conturbado da história do país: a Guerra dos Cem Anos. Pelo Tratado de Troyes, pelo qual após a morte do rei da França, o território seria anexado à Inglaterra. Ocorre que faleceram na mesma época ambos os monarcas e a França seria governada pelo novo rei, Henrique VI, que à época tinha menos de um ano de idade.
Diante da crise política, a jovem que sempre teve visões espirituais ao longo da vida, sentiu-se enviada por Deus para lutar contra o destino político da França. Se auto intitulando a Donzela de Lorraine, a jovem Joana D'Arc parte para a luta pela soberania de seu país, objetivando coroar o Rei Carlos.
Uma produção francesa de 1999, retratou toda a luta de Joana para coroar o rei e salvar a França das mãos dos ingleses. Na obra cinematográfica, a vida da heroína da França é revisitada desde o nascimento, passando pela infância e chegando aos momentos decisivos de sua vida. A trama mostra uma menina-mulher em sua vida familiar e a relação tribulada com o pai. O preconceito contra uma mulher lutadora também é bastante evidenciado, assim como a esperança da França em uma libertação da Inglaterra.
O ponto alto do filme são as batalhas empreendidas pela jovem para promover a coroação do Rei Carlos e os momentos cruciais que a levaram ao Tribunal da Santa Inquisição e sua posterior condenação à pena de morte. Na França, a figura de Joana D'Arc é bastante emblemática e embora tenha sido esquecida em alguns momentos, ao longo da História sempre foi relembrada em momentos cruciais como a Revolução Francesa e ao longo do século XIX, quando se fez necessário reavivar o sentimento nacionalista.
O papa Bento XV em 1920 reconheceu o seu martírio pelo bem da França e a canonizou, desde então ela é a padroeira daquele país, simbolo de bravura e reconhecidamente uma mulher a frente do seu tempo. Uma heroína que continua a inspirar as pessoas ao longo do tempo.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Amor e Inocência: a história cinematográfica de Jane Austen


Jane e Thomas: um amor impossível para a sociedade de seu tempo.

Uma das autoras inglesas mais consagradas de todos os tempos, Jane Austen,  que entre outras obras escreveu Orgulho e Preconceito, também recebeu uma bonita homenagem cinematográfica. Inspirado em sua biografia, o filme Amor e Inocência, de 2007 mostra a autora como protagonista de sua vida real. 
A obra mostra o amor da escritora por Thomas Lefroy. Segundo alguns de seus biógrafos, Jane Austen teve na juventude uma história de amor que não teve êxito, mas teria sido a inspiração para que ela escrevesse sua obra mais famosa, justamente Orgulho e Preconceito (escrito em 1797 e publicado em 1813).
O filme é uma trama deliciosa e envolvente e se assemelha muito ao que se vê nas filmagens de suas obras fictícias, o que leva a crer que a autora reproduzia o cotidiano da sua vida na escrita de seus livros. Nas obras, se vê uma Inglaterra da transição dos séculos XVIII e XIX, em que imperava a aristocracia e onde o cenário das histórias é sempre o campo. 
Outra característica importante é o conflito entre a razão e o coração. A razão bem sabe que nesse período não pode haver um romance entre ricos e pobres. Já o coração, pouco se importa com essas convenções sociais.
A atriz que interpretou Jane Austen, Anne Hathaway, foi selecionada para o papel por sua semelhança física com a autora e por ser uma profunda estudiosa da vida dessa grande escritora inglesa, tendo feito mestrado sobre o universo de suas obras. 
É uma história belíssima que encanta ainda mais os apaixonados pelo universo de uma mulher que soube estar a frente de seu tempo e nos deixar um legado riquíssimo que nos faz conhecer outros tempos e nos encantar por eles pelo simples fato de o percebermos tão humanos e com dramas que nos são contemporâneos.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Frida Khalo


A artista mexicana Frida Khalo.

Frida Khalo é talvez a mexicana mais importante do século XX, portadora de poliomielite, desde a infância conviveu com inúmeras dificuldades - seja o relacionamento conturbado dos país, seja pelas limitações físicas - que não a impediram em nada de estudar e prosseguir na sua vida com bravura, Aos 18 anos, Frida sofreu um acidente de bonde que quase a matou, ficando meses entre a vida e a morte, passando por várias cirurgias de reconstituição e usando diversos tipos de coletes ortopédicos. Mesmo assim, a artista sobreviveu e usou o período mais dramático de sua vida como inspiração para algumas de suas obras.
Em 1928, após sua recuperação, ao entrar no Partido Comunista, conhece Diego Rivera, um muralista, que tem grande influencia em sua obra. Um ano depois, os dois se casam. Nesse período, a arte de Frida Khalo se aproxima de suas raízes mexicanas e dos temas do folclore e da arte popular do México. A artista passa um longo tempo nos Estados Unidos e no seu retorno, recebe a visita em sua casa de Leon Trotski, com quem teve um caso. 
Seu relacionamento com Diego Rivera era extremamente conturbado, mas um grande amor os unia, Foram casados duas vezes. A arte dela - interpretada por muitos (erroneamente) como surrealista - aprendeu muito com a arte dele.
Um dos pontos mais marcantes de Frida Khalo são seus auto-retratos, que mostram em cores vibrantes, o universo da artista sobre si mesma. A artista que viveu os tempos da Revolução Mexicana, foi bastante ousada e a frente do seu tempo, deixando-nos como herança uma arte que mostra uma profusão de cores e símbolos do século XX.

Crédito: 
Adriely Baptista - 3ºB

O mundo moderno (séculos XV-XVII)


O mundo da Idade Moderna em História em Quadrinhos.

Descrito em HQ, o mundo moderno seria aquele em que o homem perdeu o medo do mar e pôs-se a navegar pelas águas do desconhecido. Também foi o período em que a Igreja teve um papel de destaque, seja por seu enfraquecimento no continente europeu - o que se deu através da consequente Reforma Protestante, empreendida por Martinho Lutero e João Calvino - ou por seu papel de destaque na colonização do Novo Mundo. 
O mundo, descobriu-se era redondo, cheio de água e bem maior do que se imaginava. Contudo, a sede do poder era a mesma de sempre e os reis, no período, levaram seu poder de maneira absoluta, governando de maneira centralizada e se articulando em torno de mais poder e riquezas. O capitalismo dava seu primeiro passo: o mercantilismo.
Enfim, a partir desse momento, percebeu-se que o Universo era muito maior do que se supunha!

Créditos:
Helen, Juliana, Larissa, Luanda, Thieli e Victor - 3ºA

Vasos ou ânforas: se esses elementos gregos representassem a nossa realidade?

Na Antiguidade Clássica, mais precisamente na Grécia Antiga, os vasos tinham uma função de destaque: serviam pra armazenar água, vinho, salmoura, azeite, etc., que assim podiam ser transportados ou simplesmente melhor acomodados para o uso cotidiano. A palavra ânfora, de origem latina, tem como significado "carregar" e representa, justamente os vasos gregos.
Na Grécia, alem de armazenar e transportar os líquidos, os vasos (ou as ânforas) eram ilustrados com temas do cotidiano, Assim, para a historiografia, fica fácil precisar quando foram feitos, pois basta analisar as ilustrações para ter noção do período ao qual pertenceram.
Como desafio, alunos do 1º ano do Ensino Médio foram incentivados a produzir vasos inspirados na Antiguidade Clássica, cujo conteúdo das ilustrações fosse contemporâneo. Como seria uma ânfora de 2015?



1. Essa ânfora estaria ornamentada com a literatura juvenil do nosso tempo, a família, os amigos e os smarthphones. O conteúdo seriam flores, já que nos tempos modernos há diversos recipientes para guardar os líquidos.


2. Aqui, o cotidiano é retratado com a agitação da vida moderna: o descanso (raro), o ônibus para o transporte, as horas passadas em frente a TV, os estudos, a refeição e o trânsito.



3. O tempo é uma das maiores preocupações contemporâneas, assim como os diversos afazeres na cidade, a música, o trânsito e o desejo de estar em meio a natureza.


4. Esse vaso possui elementos do nosso tempo: as comunicações, os transportes, a música, a natureza.


5. Os inúmeros meios de transporte, a tecnologia moderna, os calçados, a cosmética, a música, os aplicativos, a necessidade de dormir em meio a correria. Tudo isso está presente nessa ânfora.


6. Aqui uma menção a crise hídrica de São Paulo, quando se abre as torneiras e não se encontra água.


7. Aqui um resumo do mundo em que vivemos: sabemos que a Terra é redonda, o dinheiro é o que garante o poder, temos a capacidade de produzir muito conhecimento e ainda há a sede por liberdade.


8. Dos esportes ao tablet, dos transportes à pescaria, sem nos esquecer de que o dinheiro é quem paga por tudo isso.

Créditos:

1. Pamela - 1ºI 
2.Beatriz, Gabriel, Jorge, Mike e Paulo - 1ºI 
3.Fernando, Jackeline e Pedro - 1ºJ
4.Aline, Hiago, Thiago e Vitória - 1ºJ
5. Ellen, Kauane, Mikkaelly e Rafaela - 1º J
6. Larissa e Kamila - 1ºJ
7.Jorge, Matheus Silva, Matheus Pereira, Otávio e Ruan - 1º J
8. Gabriela, Hanna, Ingrid, Jeremias, Klayve, Vitória - 1ºJ 

O pianista - uma celebridade em apuros durante a Segunda Guerra:

Neste filme de 2002, do diretor Roman Polanski, nos é apresentada a biografia de Wladislaw Szpilman (1911-2000), um famoso pianista polonês, judeu, que trabalhava na rádio Varsóvia e que por ocasião do grande conflito militar, viu seu mundo desmoronar (literalmente). A trama mostra a dolorosa trajetória do artista famoso, que se viu de repente envolto ao horror da guerra, tendo a sua família destruída e sendo obrigado a viver sem dignidade após a tomada do território polonês pelos nazistas.
Mais que isso, a obra nos leva a refletir sobre a solidariedade, a amizade e a capacidade do ser humano de se superar em meio as adversidades que se apresentam no caminho. Wladislaw aceitou o que a vida lhe impôs e buscou a todo o custo viver com dignidade.
No entanto, aproveitando-se da situação, alguns amigos que lhe estenderam a mão nesse momento difícil, deram a um aproveitador a missão de cuidar do rapaz. O resultado disso, é que o mesmo usou os recursos doados para salvar a vida do pianista Szpilman, deixando-o a beira da morte por inanição. 
O pianista ainda teve que passar por muitos episódios de busca pela sobrevivência. Ao fugir do prédio atingido por um tanque, o pianista se viu em meio aos escombros de uma cidade destruída pela guerra. Eis que o inesperado acontece: um capitão nazista, Hosenfield (189-1952), o encontra e o liberta graças a sua música, sendo esse, certamente, o ponto mais comovente da história.
O capitão passa a alimentá-lo e uma inesperada amizade surge em meio ao horror da guerra. Posteriormente, o algoz teria o mesmo destino, mas não a mesma sorte. Szpilman sobrevive e trás consigo a gratidão pelo homem que salvou a sua vida. 
Inspirado numa história real, O Pianista nos leva a refletir sobre a guerra que é capaz de destruir tudo, menos o mais sublime que existe dentro de nós: a compaixão pelo outro que é o que de fato nos faz humanos.


 Wladislaw Spilman chora a destruição de Varsóvia.


Szpilman e Hosenfield: em meio a guerra, a música os aproxima, revelando o lado humano do capitão nazista,