sexta-feira, 5 de junho de 2015

Orgulho e preconceito - sentimentos e prestígio na Inglaterra do século XVIII:


Orgulho e preconceito: uma das mais belas histórias de amor de todos os tempos.

Certamente esta é a mais bela de todas as histórias de amor reproduzidas pela literatura universal , tendo sido adaptada brilhantemente para o cinema, onde não há um beijo sequer, ficando a emoção da troca de afetos nos gestos, nos olhares e nas atitudes das personagens principais. O filme de 2005, retrata a obra de Jane Austen, escrita em 1797, que compõe a literatura inglesa.
A obra cinematográfica fez algumas adaptações e conta a história de amor que se estabelece entre Elizabeth Bennet - moça de origem humilde, cuja família não desperta a confiança de seu pretendente por mostrar-se demasiadamente interesseira - e Darcy um jovem rico que acompanha um amigo numa temporada no campo, a propriedade Netherfield. Na ocasião, o amigo de Darcy, o jovem Bingley aproxima-se das jovens camponesas e da sua vida simples. Ele,  no entanto,  mantem-se arrogante com todas as pompas e circunstancias que pode estabelecer para se mostrar diferente das demais pessoas que habitam o lugar.
Mas o coração que é mais traiçoeiro que qualquer outra parte do corpo humano, trai Darcy e ele acaba se apaixonando por Elizabeth (e ela por ele). Porém, o orgulho, que sempre surge para estragar as relações humanas, tornando-se uma barreira entre as pessoas, os afasta e depois de muito sofrerem ambos percebem que é impossível viverem separados.
No filme, assim como no livro, se explora grandemente as paixões humanas em suas nuances mais profundas, para que ao se deparar com a obra se possa pensar a respeito dos sentimentos humanos e toda a sua complexidade. A história se passa numa Inglaterra que cresce e está se tornando uma potencia mundial. Isso se pode ver na grandiosidade de cenários e figurinos sempre repletos de uma riqueza visivel.
A musica e a dança muito refinadas, mostram tempos bem prósperos e a estrutura social rígida inglesa em que a aristocracia deveria se conservar através de casamentos que garantissem a manutenção do status. Por outro lado, fica evidente que a classe menos abastada não possuía o mesmo acesso a cultura e educação, o que gerava preconceito por parte dos aristocratas.
O tema orgulho e preconceito, é portanto, as duas posturas muito comuns à época: orgulho por pertencer a uma condição social privilegiada e preconceito em relação aos demais, que não pertenciam a essa classe social. Jane Austen, com uma história de amor, usa o orgulho e o preconceito como impedimentos para que uma grande história de amor se concretizassem.
Se no livro a história pode ter alcançado um desfecho satisfatória, na vida das pessoas comuns, certamente o destino não foi o mesmo. Poder e prestígio se sobressaiam às questões humanas, inclusive, os sentimentos.

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