Infelizmente, como é do conhecimento de todos, nas últimas três semanas, os professores paulistas estão de greve. O movimento é forte e cresce em todo o estado. São inúmeras as reinvindicações. Todas elas dizem respeito a um longo período de abandono da escola pública, vitima de uma politica de degradação.
Há muito tempo, a escola´pública nao garante qualidade aos seus estudantes, que saem dela em defasagem de aprendizado. Em contrapartida, inúmeras propagandas governamentais, transmitem para a população uma falsa idéia do que acontece verdadeiramente nos bancos escolares.
Falta a aparelhagem propagada na mídia. Falta incentivo para que os profissionais de educação estudem. O salário é vergonhoso, bem como o vale-alimentação. Para se ter noção, o salário-base de um professor de ensino médio, corresponde a menos de 2 salários mínimos. Desde 1998 não há reposição das perdas salariais.
Em outras palavras, sobem os preços (devido à inflação) e o salário docente continua o mesmo, o que implica numa redução cada vez maior do custo de vida desses profissionais. O governo por sua vez, ofereceu no inicio de março, uma incorporação de uma gratificação a GAM, de R$ 40,00 com mais R$ 6,47 dividido em dois anos. Ou seja, propoe dar esmola àqueles que educam a educação.
Diante disso, não resta outra saída: parar as atividades, para forçar uma negociação com o governo. A greve, consiste num último recurso de negociação e toda ela é política, pois envolve a dinamica do trabalho como um todo.
Espera-se que em breve seja possível o retorno às atividades a fim de evitar mais prejuízos e desgates para alunos, funcionários, professores e governo.