quarta-feira, 31 de julho de 2013

Papa Francisco e sua presença no Brasil:

Se o mês de junho foi marcado por intensa movimentação politica, o mes de julho foi marcado por frio e pela visita de um representante de Estado muito interessante politica e espiritualmente. Trata-se do papa Francisco. 
Um papa é um líder religioso (chefe da Igreja Católica) e estadista (presidindo o Estado do Vaticano, um minúsculo país localizado dentro da cidade de Roma). Esse título foi criado há muito tempo, quando Pedro apóstolo de Jesus Cristo liderou a Igreja. 
De lá pra cá, muitas águas rolaram. Houve papas santos, profanos, de atitudes duvidosas, corruptas e assim por diante. Alguns governaram por um longo tempo, outros tiveram uma breve passagem.
O fato é que com críticas ou não, os papas tem importância e relevância em diversos momentos da História ao longo de dois mil anos de Cristianismo. No século XX, com a chegada da mídia, essa relação do papado com os fiéis da Igreja Católica ficou cada vez mais próxima. 
O fato é que desde os anos 80, o papa é pop. João Paulo II ganhou notoriedade e respeito ao viajar pelo mundo pregando e se aproximando cada vez mais das pessoas. Seu sucessor, Bento XVI, em oito anos de pontificado, também se aproximou dos fiéis. 
Contudo, é o papa Francisco, atual chefe da Igreja, que tem atraído mais holofotes, seja por seu passado controverso, seja pelo ineditismo de sua chegada ao poder, concomitante à seu antecessor, que agora se tornou papa emérito. Além disso, Francisco é o primeiro a escolher tal nome, que significa em latim "Outro Cristo", o primeiro latino-americano e o primeiro jesuíta.
Em sua passagem pelo Brasil, o papa atraiu a juventude que participava da Jornada Mundial da Juventude (evento católico de grande importância) e a todos que puderam ver um papa mais despojado, mais informal, mais humano. 
Ao contrario de seus antecessores, Francisco não colaborou com as equipes de segurança que o acompanhava e quebrou todos os protocolos possíveis e imagináveis. Teve a sensibilidade de chegar aos mais fracos (deficientes, idosos e crianças) descendo do papamóvel (carro especialmente desenvolvido para os papas) e ficando no mesmo nível de todas as pessoas que foram ao seu encontro. Milhões de pessoas. Na praia de Copacabana, por exemplo, reuniu mais de 3 milhões em via-sacra e missa.
Francisco é a grande esperança de renovação na Igreja. É bem visto inclusive por líderes de outras religiões, como os mulçumanos. Ele trás vigor a uma Igreja que na década passada se viu envolta em escandalos sexuais ou de corrupção. A esse respeito, o papa disse que delito é diferente de pecado. Deus perdoa os pecados, mas não se esquece do delito.
Tive a oportunidade de estar presente em sua missa na Basílica de Nossa Senhora Aparecida e a seu respeito posso afirmar que estar com Francisco é emocionante, pois sua naturalidade, seu sorriso e sua benção, ao mesmo tempo o tornam igual a todos e especial como ninguém.


Foto tirada pela autora, durante a passagem do papamóvel após a Missa em Aparecida - SP, em 24/07/2013

domingo, 21 de julho de 2013

Democracia: governo do povo?

Atendendo a pedidos, farei umas postagens pro blog. Mesmo estando de férias!


Més passado, vimos em todo o Brasil, diversas manifestações em todo o país. Sob o slogan (bastante discutível, diga-se de passagem) "O gigante acordou", milhares de pessoas foram as ruas pedir a redução das passagens de ônibus.
mas, contra quem se manifestava? Contra o governo. Que governo é esse? O governo democrático.
Democracia é o governo do povo. Sua origem é a Grécia Antiga, quando ficou decidido que o povo participaria do governo das pólis, tendo seus representantes no Senado.
A palavra democracia, significa governo (cracia) do povo (demos). Teoricamente, é bem bonito. Mas na prática...
Na Grécia Antiga, só podiam votar os cidadãos. Para ser cidadão, era preciso ser homem, livre e ter descendência ateniense. Os demais, estavam excluídos.


Ou seja, na prática, a democracia não era a representação do povo, como se pregava e sim, a representação de alguns privilegiados. 
trazendo essa discussão para os nossos dias, vemos que os governos democráticos deram lugar aos antigos regimes monárquicos no mundo inteiro. Na sociedade capitalista, caiu como uma luva, pois através do voto as pessoas escolhem seus representantes, que teoricamente deveriam legislar em sua causa. Capitalismo combina com liberdade de escolha (voto), porque o consumidor tem que se sentir importante e livre para estar sempre atuando no mercado.
contudo, o que se vê, é que muitos governos, mesmo sendo democráticos, não respeitam de fato a maioria e tomam medidas que acabam prejudicando o povo. Basta ver o que está acontecendo na Europa, em que os governos estão tomando as chamadas medidas de austeridade e assim, garantindo muito mais os interesses de alguns, que preservando os da maioria.
No Brasil, por exemplo, desde que os republicanos tomaram o governo, vê-se que o voto primeiramente pertencia a alguns privilegiados e que mesmo estendendo-se esse direito à maioria da população, muitos não são ouvidos e bem representados pelos legisladores, que na maioria das vezes, atuam em causa própria, favorecendo a si e a seus interesses.