Entre os diversos cursos superiores existentes no país, há um que se destaca de maneira bastante forte na sociedade e em seu imaginário: a Medicina. Sua missão, das mais nobres que existem, é salvar vidas, aliviar dores e promover cura, quando possível. Desde a Antiguidade, o homem desenvolveu essa incrível capacidade de cuidar do corpo e reabilitá-lo em meio as moléstias. Hipócrates, o pai da Medicina, que viveu entre 460 e 377 a.C., deixou um código moral que vigora na profissão até a atualidade. Isso comprova o quanto a profissão é tradicional e não apenas isso, que está embasada ao longo dos séculos. ´
No Brasil, a profissão de tão importante, dá aos formados na área a nomenclatura importante de doutor. Por muito tempo, o medico foi visto pela sociedade como um sábio. Por ser um curso de alto custo (despesas com livros e instrumentais), por muito tempo, a Medicina permaneceu inatingível para as camadas mais pobres da população brasileira. O curso permaneceu décadas (não seria exagero dizer séculos) elitizado, o que gerou uma crença (errônea) de que todo médico é rico.
Outra lenda que girava em torno da medicina brasileira é que para ser médico era preciso ter vocação. Assim, o médico tornou-se sacerdote e durante muito tempo teve uma imagem sacralizada.
Felizmente, nos últimos anos, tudo isso vem mudando e essa bonita profissão tem sido vista com olhos mais humanizados pelo conjunto da sociedade. Se não está tão acessível aos estudantes das escolas públicas, pelo menos não tem sido mais algo impossível de acontecer na vida de quem se dedica a esse objetivo.
Nas palavras de Ananda Rocha, é fácil perceber que com muito empenho, um estudante de escola pública pode sim chegar ao curso de Medicina numa faculdade pública. Ananda foi minha aluna em 2007 na E.E. Padre Simon Switzar, em Poá, na Grande São Paulo e atualmente estuda Medicina em Londrina, no Paraná. Sua universidade, a UEL - Universidade Estadual de Londrina, é bem conceituada na área.
Luana Ensina - Como surgiu o desejo de fazer Medicina? Qual o seu caminho até ele?
No Brasil, a profissão de tão importante, dá aos formados na área a nomenclatura importante de doutor. Por muito tempo, o medico foi visto pela sociedade como um sábio. Por ser um curso de alto custo (despesas com livros e instrumentais), por muito tempo, a Medicina permaneceu inatingível para as camadas mais pobres da população brasileira. O curso permaneceu décadas (não seria exagero dizer séculos) elitizado, o que gerou uma crença (errônea) de que todo médico é rico.
Outra lenda que girava em torno da medicina brasileira é que para ser médico era preciso ter vocação. Assim, o médico tornou-se sacerdote e durante muito tempo teve uma imagem sacralizada.
Felizmente, nos últimos anos, tudo isso vem mudando e essa bonita profissão tem sido vista com olhos mais humanizados pelo conjunto da sociedade. Se não está tão acessível aos estudantes das escolas públicas, pelo menos não tem sido mais algo impossível de acontecer na vida de quem se dedica a esse objetivo.
Nas palavras de Ananda Rocha, é fácil perceber que com muito empenho, um estudante de escola pública pode sim chegar ao curso de Medicina numa faculdade pública. Ananda foi minha aluna em 2007 na E.E. Padre Simon Switzar, em Poá, na Grande São Paulo e atualmente estuda Medicina em Londrina, no Paraná. Sua universidade, a UEL - Universidade Estadual de Londrina, é bem conceituada na área.
Luana Ensina - Como surgiu o desejo de fazer Medicina? Qual o seu caminho até ele?
Ananda Rocha - Foi desde sempre pra mim, acho. Minha família toda diz. Meu caminho até ele pode
não ter sido como o padrãozinho de quem quer medicina. Me dedicava sim aos estudos. Mas sabia aproveitar a vida. Sempre brinquei, sai com amigos, curtia a família. Nada em excesso. Nem estudo, nem diversão.
Fiz cursinho semi extensivo em Londrina mesmo. As aulas tiveram início em maio e seguiram até dezembro, acompanhando a segunda fase do vestibular da UEL. As aulas eram de segunda a sexta e alguns sábados eram usados para simulados.
O cursinho servia para relembrar de assuntos já vistos, para um primeiro contato com novos e até mesmo uma visão diferente e mais didática para outros já encalhados.
Luana Ensina - Fale um pouco da sua Universidade em que você estuda, a UEL.
Ananda Rocha - Minha faculdade, a Universidade Estadual de Londrina, é orgulho para todos os londrinenses. Mais que apenas uma instituição de ensino é também uma instituição de prestação de serviços à comunidade. O que quebra aquele muro que distancia entre os acadêmicos da população, sendo oportuna para praticas de interação ensino, serviço e comunidade.
Luana Ensina - É possível um aluno de escola pública alcançar uma faculdade pública de medicina?
Ananda Rocha - É possível sim um aluno de escola pública cursar medicina numa faculdade pública. O ensino recebido por este aluno na escola não deve ser o único ao qual ele deve se amparar para prestar o vestibular. Ele deve buscar além. A internet pode ser uma boa ferramenta para auxiliar neste processo. E o cursinho, não é indispensável, mas o conhecimento e preparação o feridos por ele tem um grande valor.
Em 2007, a autora do blog com Felipe e Ananda Rocha.
Ananda Rocha, já estudante de Medicina, em 2012.
Ananda e seus colegas de turma num congresso para estudantes de Medicina em Curitiba - PR, em outubro de 2014.
Para saber mais:
- A universidade da Ananda é a UEL. Ela possui uma grade de cursos de graduação bastante ampla e interessante. Das biológicas às humanidades. Das exatas às artes.
- Londrina é uma cidade planejada, construída no sul do país em homenagem à Londres, capital da Inglaterra. Significa pequena Londres.
- A cidade é uma das mais importantes do interior do Paraná, sendo a quarta maior da região Sul.