A greve dos professores paulistas, que está em curso desde o dia 13 de março, a cada dia e semana ganha novos contornos. O movimento cresce em todas as regiões do estado. Do litoral ao interior. Da capital às regiões metropolitanas.
O clamor dos professores é um só: respeito e valorização ao magistério. As insatisfações que vem à tona estão pra além da pauta de reivindicações. Ela abraça as dificuldades cotidianas de profissionais que se sentem abandonados por tanto descaso das autoridades que há muito tempo não dedicam o carinho que a área merece.
Se estamos em crise, a Educação também vivencia esse momento, assim como os demais setores da sociedade. Motivos para a greve não faltam e se multiplicam: violência, superlotação, contenção de despesas, falta de água, desvalorização da carreira.
Todavia, o movimento tem crescido muito por conta da adesão de pais e alunos que tem se sentido parte e abraçado a causa dos professores, o que demonstra que não são conjecturas e sim uma conjuntura de fracasso no sistema educacional de todo o Estado de S. Paulo.
É preciso registrar que toda greve é política: ela expressa as insatisfações dos empregados com seus patrões. Por tratar-se de funcionários públicos, evidentemente, o caráter político do movimento ganha maior repercussão. Contudo, não é um movimento partidário como muitos querem propor, mas reflete o descontentamento com a reeleição do governador, que após o ganho do pleito tornou visíveis as reais condições do estado - crise hídrica e financeira.
Vejamos o movimento em sua forma natural, ou seja, nas ruas das cidades paulistas (ou bairros paulistanos) com professores mostrando pra sociedade suas insatisfações:
Cordeirópolis: município paulista de 19 mil habitantes, na região de Limeira, concentrou-se na Praça da Matriz pra mostrar a greve docente a toda a população local e nas redes sociais se fez presente.
Itararé: na divisa com o Estado do Paraná, os professores paulistas fizeram uma bonita passeata pelas ruas da cidade, em defesa da Educação Pública de qualidade. Alunos estiveram junto aos professores.
Ribeirão Preto: umas das principais cidades do interior paulista, realizou uma caminhada pacífica e ordeira na qual expressou sua adesão ao movimento grevista pelas ruas do município.
Capão Redondo: Zona Sul da Capital - professores e alunos em passeata pelas ruas do bairro periférico que acolheu os professores em sua causa.
São José do Rio Pardo: professores recepcionaram o governador com um cartazes e narizes de palhaço.
Itaquaquecetuba - professores se reuniram na praça principal para expor sua condição para a sociedade.
Itaquaquecetuba - os professores mostram cartazes com sua pauta e pedindo o apoio da população ao movimento.
Itaquaquecetuba - professora critica a demora do governador em negociar a greve fazendo lembrando a profissão do político.
Itaquera - Zona Leste: professores na radial leste mostrando a todos que passaram por Itaquera nesta tarde a greve dos professores estaduais.
Praça da República: acampamento dos docentes em frente a Secretaria Estadual da Educação neste noite. Aula e luta em praça pública com mestres de todas as regiões do Estado.
Essa publicação foi feita com base nas fotos postadas pelos professores nas redes sociais. Muito obrigada a todos que compartilham suas fotos. Registros cotidianos que entrarão para a História.