domingo, 24 de novembro de 2013

Eleitor ou consumidor?

Nos dias atuais, pode-se considerar que os indivíduos sejam ambos, tanto um eleitor, quanto um consumidor. 
Antigamente, para que fossem eleitos, os políticos ofereciam e davam coisas que as pessoas consumissem ou utilizassem, em troca de votos, transformando o eleitor em consumidor também. Hoje em dia, não é muito diferente, pois muitas vezes, acaba ocorrendo o mesmo. Os politicos "compram" os votos das pessoas, principalmente da população mais carente, oferecendo a elas coisas básicas para seu cotidiano, como por exemplo, cestas básicas. 
Como essas pessoas não são tão instruídas ou informadas, acabam acreditando nas promessas desses políticos e dando seus votos a eles. É através desse tipo de coisa, que muitos acabam se elegendo e depois de eleitos, acabam por deixar o povo que os elegeu "na mão", tendo comprado-os e usado-os para se elegerem.
Eis uma questão difícil, pois não sabemos se o eleitor vota para ter um país melhor e beneficiado ou apenas vota para ganhar algo. Existem muitos eleitores que vendem seus votos, assim, ganham benefícios para si mesmos e esse deve ser chamado de consumidor, pois vive do dinheiro ou do beneficio dado pelo politico. Mas, há pessoas que votam porque são eleitoras e não querem beneficio próprio e sim para todos.

Adriana e Wladimir Araújo.

Ambos sãos alunos do 2º ano A da E.E. Charles de Gaulle, ela se interessa por moda e sonha em ser modelista; ele, faz curso técnico em Edificações. O Ensino Médio é levado bem a sério, pois o objetivo dos dois é cursar uma faculdade. São colegas de classe que tem pouco contato, mas conseguiram elaborar uma opinião complementar, que merece ser publicada.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Bossa Nova: o mínimo que se tornou o máximo


O ano era 1958, a cidade era uma das mais lindas do país, ou seja, o Rio de Janeiro. Entre paisagens, mar, céu azul, moças bonitas, surge um novo movimento musical, que revolucionou o final da década de 50 do século XX e impulsionou até mesmo outros movimentos. 
A bossa nova, muito mais que uma nova música, continha um elemento a mais: o minimalismo. Ao invés de grandes orquestras e grandes apresentações musicais, propunha tocar a alma das pessoas, com apenas um banquinho e um violão. 
Consistiu num projeto ousado, amplamente estudado pelo maestro Antonio Carlos Jobim, o Tom, que em seus estudos, viu a possibilidade de fazer o samba de um jeito completamente diferente. Apesar de a música Chega de Saudade marcar de fato a explosão e a inauguração desse novo estilo, quando gravada por João Gilberto, a bossa nova já se fazia presente antes, com a gravação de Desafinado, uma música que ilustra bem a ideia de Tom Jobim: 

Se você insiste em classificar
Meus comportamento de anti-musical
Eu mesmo mentindo devo argumentar
Que isto é Bossa Nova, isto é muito natural

O fato, é que a voz pequena de João Gilberto ao cantar Chega de Saudade, fez explodir pelo país o encantamento por aquela nova música, que no seu mínimo, era o máximo. Símbolo de um país que estava tentando progredir, muito rapidamente, seja pela construção de Brasília, seja pela abertura das rodovias, até o presidente, Juscelino Kubstchek, ganhou o sugestivo apelido de presidente bossa nova.
Essa referência, além de simpática, também se encaixava perfeitamente, posto que um antigo diplomata brasileiro (além de poeta, boêmio, apaixonado por mulheres e cheio de casamentos) Vinicius de Moraes, também fazia parte das primeiras composições da bossa nova. Amigo pessoal do maestro, o poeta compôs musicas que se tornariam clássicas, não apenas nesse movimento, mas na própria história da MPB, quem não se encanta quando ouve Garota de Ipanema, por exemplo?

Tom e Vinicius - percursores da Bossa Nova.
A bossa nova inspirou músicos, cantores e compositores, mesmo quem mais tarde não teria identificação alguma com esse estilo musical, relatou seu encanto pela música, a partir dele. Caetano Veloso e Gilberto Gil, por exemplo, foram despertados para a carreira musical ao ouvir João Gilberto cantar, a quilômetros de distancia, na Bahia, conforme Caetano mesmo relatou em seu livro Verdade Tropical. Além deles, Maria Bethânia e Gal Costa também se encantaram. E não só eles, até Tim Maia quis ser bossa novista, mas com seu vozeirão, acabou indo para uma carreira mais dançante. Roberto Carlos é outro cantor que também quis fazer o som pequenininho. 
Há 5 anos, a Bossa Nova completou seu cinquentenário e na ocasião, foi celebrada com uma serie de eventos e homenagens. Contudo, a medida que o tempo passa, essa música tem se mostrado muito mais encantadora, do que velha senhora. 

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Considerações a respeito do Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil:


Hoje escrevo para registrar minhas impressões a cerca da leitura do livro Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, do jornalista Leandro Narloch. Nele, o autor trata de assuntos polêmicos da História e da historiografia brasileiras, citando fontes inclusive. Contudo, vale ressaltar que trata-se de um livro de História sem ser historiografia.
Como um romance, é delicioso de ler. Faz pensar, provoca o leitor a querer pesquisar os temas e o melhor: a repensar a maneira como ensina História na escola. Produz um mergulho de quem lê no tempo em que os temas aconteceram.
Desperta-nos a entender os períodos históricos com base no tempo em que as histórias ocorreram e não com os julgamentos (e pré-julgamentos da contemporaneidade). De fato, a que se analisar os acontecimentos, com base em documentos que nos deem pistas que nos levem a uma compreensão embasada, cônscios de que a verdade deve ser perseguida e dificilmente encontrada em sua totalidade.
Na leitura, fica claro que o autor tem uma visão nada esquerdista da História (o que para muitos pode ser quase um crime, posto que aqui a influencia marxista predomina), mas isso não é um defeito da obra e sim um estimulo a mais, pois torna mais interessante o debate. Confrontar as idéias também desenvolve grandemente quem se propõe a estudar um tema.
Por fim, recomendo a leitura para que possam repensar temas polêmicos como a questão indígena, a escravidão e o segundo reinado, por exemplo. A partir dessa leitura, é importante repensar e porque não voltar a se interessar por determinados temas? E isso o autor nos instiga a fazer grandemente.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Um pouco de poesia:

CURSOR 

O inexplicável ardor do peito
E sofrimento eterno da alma
Destrói o homem pálido dos mundos vários,
Com intuito e precisão
De arquitetar a perfeição sonhadora e real.
O homem chora, no piso baixo,
Da sacada escondida, em balanço eterno,
Sob inferno de culpas muitas
Das falsas palavras
Coniventes com o desentendido,
Subjugado ele pela fraqueza
... muitas fraquezas.
Do eixo de desventuras, passados o pingar das tribulações,
Eis o novo homem
O sonho prevalecido
De uma guerra eterna
Ao Céu encantado
De verdades, amores e realizações.
Tudo em conformidade com a sequência da vida
Já descrita pelos lábios de Deus,
Registradas ao curso das reações e efeitos
De cada decisão. 

Matias Andrade

Matias Andrade é o pseudônimo de Matheus Nunes, aluno do 3º ano A do Ensino Médio da E.E. Charles de Gaulle. Apaixonado por Arquitetura, Matheus se dedica aos estudos com o objetivo de conquistar uma vaga no vestibular da FUVEST. Essa poesia foi composta para participar do "Concurso Poesia 2013" promovido pela Universidade São Judas.