quarta-feira, 2 de agosto de 2017

O Mapa muda:


No mapa de Waldseemuller, de 1507 é feito um desenho do mundo bem diferente daquele que atualmente conhecemos. No Brasil vem escrito América e o país é representado no que hoje é uma das Ilhas Antilhas.

Mapas são instrumentos muito valiosos de orientação. Eles servem como uma importante ferramenta para conhecer o mundo e ajudar o homem quanto aos caminhos e rotas a serem percorridas. Desde a Idade Média, o homem vem elaborando mapas e utilizando a cartografia para não só localizar como para entender o tamanho do mundo e assim utilizá-lo em seus empreendimentos. 
Os mapas foram fundamentais para as Grandes Navegações e também para que em tempos recentes se trouxesse a tona a ideia de globalização, que entende o homem como um ser pertencente ao planeta e não apenas a região que habita, podendo transitar pelo mundo e consumir produtos que sejam fabricados em lugares diversos.
É certo, que assim como acontece na História, os mapas mudam e ampliam seus desenhos a medida que o mundo é conhecido e novos territórios são portanto adicionados, ampliando e revisando assim o conhecimento cartográfico. Para analisá-los é preciso portanto, verificar sua historicidade para ter ideia de seu valor e se os próprios traçados correspondem a totalidade ou em parte a realidade.
Assim, um mapa é um documento não apenas geográfico, mas histórico e ajuda a compreender uma sociedade e não apenas mostra o território de maneira exata. Os mapas também podem ser imprecisos e até mesmo subjetivos.
Além disso, com o passar do tempo, por inúmeros fatores, os territórios sofrem modificações de diversas ordens, sejam elas físicas, econômicas, sociais e assim por diante.  A medida que o tempo passa, a geografia dos lugares mudam e com ela, os mapas também, por consequência.
No Atlas Miller de 1519, o Brasil representado aí, pouco tem a ver com o país atual que habitamos, seja pelo desenho, seja pela mata ou pela população representada que não mais é de predominância indígena:


O Atlas Miller, do século XVI mostra como os mapas mudam de acordo com a época de sua elaboração e outros aspectos que mudam ao longo do tempo.

Assim, seria pouco surpreendente se daqui a alguns séculos, os mapas atuais fossem contraditados e refeitos seja pelo avanço tecnológico ou pela descoberta de novos territórios ou ainda por mudanças geopolíticas que garantissem novos desenhos seja no traçado externo ou na delimitação interna de países e regiões do mundo que na atualidade compõem o mundo que conhecemos e o mundo em que vivemos. A única certeza que podemos ter com relação ao mapa e a cartografia, portanto, é que o mapa muda, porque o mundo muda.

O país que se dizia democrático:

Era um país que se dizia democrático. Dizia que os poderes republicanos eram a expressão da vontade popular.

Nesse país todo mundo ganhava muito dinheiro para fazer coisas erradas que afetavam o povo.
Até que o povo descobriu a verdade.

Quando a verdade veio a tona, todos precisavam se safar. Era necessário uma atitude tomar.

Muito se pensou a respeito de uma solução para a crise que afetava a todos, principalmente ao povo. Mas o país que se dizia democrático, na hora em que o calo apertou, esqueceu que era o povo que se representava e passou a ser um jogo de poder danado.

Primeiro o poder passou a ser usurpado, depois, negociado, por último comprado e por fim, profanado. De todos os lados o povo era enganado e aí, o país que se dizia democrático virou o país do povo desrespeitado, sacrificado, humilhado.

terça-feira, 20 de junho de 2017

Nada é impossível de mudar - parada pra reflexão:


Bertold Brecht


Em tempos tão sombrios quanto os que estamos vivenciando agora, se faz necessário parar para refletir uma poesia que nos enche de esperança, pois, ao que tem fé, nada é impossível. 



Nada é impossível de mudar

Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo. 
E examinai, sobretudo, o que parece habitual. 
Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar.

Bertold Brecht