sábado, 12 de dezembro de 2015

Abrahan Lincoln - presidente dos Estados Unidos na Guerra Civil:


1. O presidente Abraham Lincoln e a bandeira de seu país.

Um dos três presidentes americanos que até os dias atuais é mais lembrado, Abrahan Lincoln, ficou imortalizado pela difícil missão que teve: unir o país durante a Guerra Civil americana. É também mencionado na História como o primeiro presidente americano assassinado e por sua luta contra a escravidão, tendo abolido essa prática dos Estados Unidos em 1864. 


2. Com a cartola que lhe era característica.

Considerado um homem muito inteligente, Lincoln adquiriu conhecimento de maneira autodidata, tornando-se advogado. Teve uma carreira política bastante consistente até chegar ao cargo máximo da política estado-unidense. É considerado um ícone dos valores republicanos e democráticos. Após o final da Guerra Civil, conseguiu de maneira muito habil unir o país e reconstruir o país. Seu assassinato gerou grande comoção, mas seus ideais jamais foram esquecidos pelo povo que se refere a ele com muito carinho mais de 150 anos depois de sua morte.

Créditos:
1. Giovanna Safannauer - 8ºB
2. Kamili - 8º B

Napoleão Bonaparte - de indisciplinado a imperador:

1. Napoleão representado como imperador que gostava de ter poder político e militar,

Napoleão Bonaparte é a grande figura política que ascendeu no momento imediatamente após as mudanças da Revolução Francesa. De 1804 a 1814, e durante alguns meses, foi o imperador Napoleão I, grande responsável pelo poder hegemônico que a França teve durante algum tempo na Europa. 

2. Com a espada, o imperador francês soube impor sua nação em início do século XIX na Europa.

Do exercício militar à ascensão política, tudo ocorreu de maneira meteórica. Napoleão Bonaparte era descendente de uma família da nobreza italiana, que se estabeleceu na França no século XVI. Por causa de sua indisciplina, foi imediatamente enviado a escola, tendo na pessoa de sua mãe a severidade necessária para se aprumar. Em 1874, entrou na Escola Militar de Paris (apenas 5 anos antes da Revolução Francesa) e no ano seguinte se tornou segundo tenente. Apoiou os jacobinos e foi promovido a tenente-coronel. 
Chegou ao poder no golpe do 18 Brumário em 1799 - o que equivale a 09 de novembro no nosso calendário. É uma figura histórica bastante controversa e que tem importância para o entendimento de muitos países, o Brasil, inclusive. Temendo a invasão das tropas napoleônicas em Portugal, Dom João VI veio para as terras tupiniquins com toda a sua corte e estabeleceu acordos com a Inglaterra que mudariam para a sempre a vida dessas nações.

Créditos:
1. Giovana Aparecida - 8ºB
2. Ieda Rodrigues - 8ºB

Cavaleiro Medieval - sua representação:


Cavaleiro medieval em ação.

Um dos personagens mais emblemáticos da Idade Média, é o cavaleiro. Recebendo das mãos do rei a incumbência de proteger as terras ou da Igreja a missão de expandir a fé na cristandade, os cavaleiros colocavam a própria vida a serviço de seus senhores, sendo por isso mesmo, vassalos da mais honrosa estirpe.
Na ilustração, o cavaleiro levava a fé cristã representada em seu escudo e no estandarte. Através desses bravos homens a Europa Medieval pode estender seu poder até lugares remotos e se estabelecer no mundo oriental inclusive. 
Os cavaleiros permanecem no nosso imaginário com toda a pompa e circunstancia, mas é provável que sua realidade de batalhas constantes (para impor as conquistas), não tenha sido de boas roupas, nem tampouco de austeridade, como nos acostumamos a vê-los nas representações. É certo que sua presença, mesmo que menos imponente, foi fundamental para a construção do mundo pré-renascentista que pouco a pouco fez surgir a nossa realidade.

Crédito:
Lucas - 7ºD

domingo, 22 de novembro de 2015

Joana D'Arc - a heroína que atravessou os séculos:


Joana D'Arc foi uma brava mulher que ousou lutar pela França em plena Guerra dos Cem Anos.

Joana D'Arc foi uma jovem mulher francesa, que viveu num período muito conturbado da história do país: a Guerra dos Cem Anos. Pelo Tratado de Troyes, pelo qual após a morte do rei da França, o território seria anexado à Inglaterra. Ocorre que faleceram na mesma época ambos os monarcas e a França seria governada pelo novo rei, Henrique VI, que à época tinha menos de um ano de idade.
Diante da crise política, a jovem que sempre teve visões espirituais ao longo da vida, sentiu-se enviada por Deus para lutar contra o destino político da França. Se auto intitulando a Donzela de Lorraine, a jovem Joana D'Arc parte para a luta pela soberania de seu país, objetivando coroar o Rei Carlos.
Uma produção francesa de 1999, retratou toda a luta de Joana para coroar o rei e salvar a França das mãos dos ingleses. Na obra cinematográfica, a vida da heroína da França é revisitada desde o nascimento, passando pela infância e chegando aos momentos decisivos de sua vida. A trama mostra uma menina-mulher em sua vida familiar e a relação tribulada com o pai. O preconceito contra uma mulher lutadora também é bastante evidenciado, assim como a esperança da França em uma libertação da Inglaterra.
O ponto alto do filme são as batalhas empreendidas pela jovem para promover a coroação do Rei Carlos e os momentos cruciais que a levaram ao Tribunal da Santa Inquisição e sua posterior condenação à pena de morte. Na França, a figura de Joana D'Arc é bastante emblemática e embora tenha sido esquecida em alguns momentos, ao longo da História sempre foi relembrada em momentos cruciais como a Revolução Francesa e ao longo do século XIX, quando se fez necessário reavivar o sentimento nacionalista.
O papa Bento XV em 1920 reconheceu o seu martírio pelo bem da França e a canonizou, desde então ela é a padroeira daquele país, simbolo de bravura e reconhecidamente uma mulher a frente do seu tempo. Uma heroína que continua a inspirar as pessoas ao longo do tempo.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Amor e Inocência: a história cinematográfica de Jane Austen


Jane e Thomas: um amor impossível para a sociedade de seu tempo.

Uma das autoras inglesas mais consagradas de todos os tempos, Jane Austen,  que entre outras obras escreveu Orgulho e Preconceito, também recebeu uma bonita homenagem cinematográfica. Inspirado em sua biografia, o filme Amor e Inocência, de 2007 mostra a autora como protagonista de sua vida real. 
A obra mostra o amor da escritora por Thomas Lefroy. Segundo alguns de seus biógrafos, Jane Austen teve na juventude uma história de amor que não teve êxito, mas teria sido a inspiração para que ela escrevesse sua obra mais famosa, justamente Orgulho e Preconceito (escrito em 1797 e publicado em 1813).
O filme é uma trama deliciosa e envolvente e se assemelha muito ao que se vê nas filmagens de suas obras fictícias, o que leva a crer que a autora reproduzia o cotidiano da sua vida na escrita de seus livros. Nas obras, se vê uma Inglaterra da transição dos séculos XVIII e XIX, em que imperava a aristocracia e onde o cenário das histórias é sempre o campo. 
Outra característica importante é o conflito entre a razão e o coração. A razão bem sabe que nesse período não pode haver um romance entre ricos e pobres. Já o coração, pouco se importa com essas convenções sociais.
A atriz que interpretou Jane Austen, Anne Hathaway, foi selecionada para o papel por sua semelhança física com a autora e por ser uma profunda estudiosa da vida dessa grande escritora inglesa, tendo feito mestrado sobre o universo de suas obras. 
É uma história belíssima que encanta ainda mais os apaixonados pelo universo de uma mulher que soube estar a frente de seu tempo e nos deixar um legado riquíssimo que nos faz conhecer outros tempos e nos encantar por eles pelo simples fato de o percebermos tão humanos e com dramas que nos são contemporâneos.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Frida Khalo


A artista mexicana Frida Khalo.

Frida Khalo é talvez a mexicana mais importante do século XX, portadora de poliomielite, desde a infância conviveu com inúmeras dificuldades - seja o relacionamento conturbado dos país, seja pelas limitações físicas - que não a impediram em nada de estudar e prosseguir na sua vida com bravura, Aos 18 anos, Frida sofreu um acidente de bonde que quase a matou, ficando meses entre a vida e a morte, passando por várias cirurgias de reconstituição e usando diversos tipos de coletes ortopédicos. Mesmo assim, a artista sobreviveu e usou o período mais dramático de sua vida como inspiração para algumas de suas obras.
Em 1928, após sua recuperação, ao entrar no Partido Comunista, conhece Diego Rivera, um muralista, que tem grande influencia em sua obra. Um ano depois, os dois se casam. Nesse período, a arte de Frida Khalo se aproxima de suas raízes mexicanas e dos temas do folclore e da arte popular do México. A artista passa um longo tempo nos Estados Unidos e no seu retorno, recebe a visita em sua casa de Leon Trotski, com quem teve um caso. 
Seu relacionamento com Diego Rivera era extremamente conturbado, mas um grande amor os unia, Foram casados duas vezes. A arte dela - interpretada por muitos (erroneamente) como surrealista - aprendeu muito com a arte dele.
Um dos pontos mais marcantes de Frida Khalo são seus auto-retratos, que mostram em cores vibrantes, o universo da artista sobre si mesma. A artista que viveu os tempos da Revolução Mexicana, foi bastante ousada e a frente do seu tempo, deixando-nos como herança uma arte que mostra uma profusão de cores e símbolos do século XX.

Crédito: 
Adriely Baptista - 3ºB

O mundo moderno (séculos XV-XVII)


O mundo da Idade Moderna em História em Quadrinhos.

Descrito em HQ, o mundo moderno seria aquele em que o homem perdeu o medo do mar e pôs-se a navegar pelas águas do desconhecido. Também foi o período em que a Igreja teve um papel de destaque, seja por seu enfraquecimento no continente europeu - o que se deu através da consequente Reforma Protestante, empreendida por Martinho Lutero e João Calvino - ou por seu papel de destaque na colonização do Novo Mundo. 
O mundo, descobriu-se era redondo, cheio de água e bem maior do que se imaginava. Contudo, a sede do poder era a mesma de sempre e os reis, no período, levaram seu poder de maneira absoluta, governando de maneira centralizada e se articulando em torno de mais poder e riquezas. O capitalismo dava seu primeiro passo: o mercantilismo.
Enfim, a partir desse momento, percebeu-se que o Universo era muito maior do que se supunha!

Créditos:
Helen, Juliana, Larissa, Luanda, Thieli e Victor - 3ºA

Vasos ou ânforas: se esses elementos gregos representassem a nossa realidade?

Na Antiguidade Clássica, mais precisamente na Grécia Antiga, os vasos tinham uma função de destaque: serviam pra armazenar água, vinho, salmoura, azeite, etc., que assim podiam ser transportados ou simplesmente melhor acomodados para o uso cotidiano. A palavra ânfora, de origem latina, tem como significado "carregar" e representa, justamente os vasos gregos.
Na Grécia, alem de armazenar e transportar os líquidos, os vasos (ou as ânforas) eram ilustrados com temas do cotidiano, Assim, para a historiografia, fica fácil precisar quando foram feitos, pois basta analisar as ilustrações para ter noção do período ao qual pertenceram.
Como desafio, alunos do 1º ano do Ensino Médio foram incentivados a produzir vasos inspirados na Antiguidade Clássica, cujo conteúdo das ilustrações fosse contemporâneo. Como seria uma ânfora de 2015?



1. Essa ânfora estaria ornamentada com a literatura juvenil do nosso tempo, a família, os amigos e os smarthphones. O conteúdo seriam flores, já que nos tempos modernos há diversos recipientes para guardar os líquidos.


2. Aqui, o cotidiano é retratado com a agitação da vida moderna: o descanso (raro), o ônibus para o transporte, as horas passadas em frente a TV, os estudos, a refeição e o trânsito.



3. O tempo é uma das maiores preocupações contemporâneas, assim como os diversos afazeres na cidade, a música, o trânsito e o desejo de estar em meio a natureza.


4. Esse vaso possui elementos do nosso tempo: as comunicações, os transportes, a música, a natureza.


5. Os inúmeros meios de transporte, a tecnologia moderna, os calçados, a cosmética, a música, os aplicativos, a necessidade de dormir em meio a correria. Tudo isso está presente nessa ânfora.


6. Aqui uma menção a crise hídrica de São Paulo, quando se abre as torneiras e não se encontra água.


7. Aqui um resumo do mundo em que vivemos: sabemos que a Terra é redonda, o dinheiro é o que garante o poder, temos a capacidade de produzir muito conhecimento e ainda há a sede por liberdade.


8. Dos esportes ao tablet, dos transportes à pescaria, sem nos esquecer de que o dinheiro é quem paga por tudo isso.

Créditos:

1. Pamela - 1ºI 
2.Beatriz, Gabriel, Jorge, Mike e Paulo - 1ºI 
3.Fernando, Jackeline e Pedro - 1ºJ
4.Aline, Hiago, Thiago e Vitória - 1ºJ
5. Ellen, Kauane, Mikkaelly e Rafaela - 1º J
6. Larissa e Kamila - 1ºJ
7.Jorge, Matheus Silva, Matheus Pereira, Otávio e Ruan - 1º J
8. Gabriela, Hanna, Ingrid, Jeremias, Klayve, Vitória - 1ºJ 

O pianista - uma celebridade em apuros durante a Segunda Guerra:

Neste filme de 2002, do diretor Roman Polanski, nos é apresentada a biografia de Wladislaw Szpilman (1911-2000), um famoso pianista polonês, judeu, que trabalhava na rádio Varsóvia e que por ocasião do grande conflito militar, viu seu mundo desmoronar (literalmente). A trama mostra a dolorosa trajetória do artista famoso, que se viu de repente envolto ao horror da guerra, tendo a sua família destruída e sendo obrigado a viver sem dignidade após a tomada do território polonês pelos nazistas.
Mais que isso, a obra nos leva a refletir sobre a solidariedade, a amizade e a capacidade do ser humano de se superar em meio as adversidades que se apresentam no caminho. Wladislaw aceitou o que a vida lhe impôs e buscou a todo o custo viver com dignidade.
No entanto, aproveitando-se da situação, alguns amigos que lhe estenderam a mão nesse momento difícil, deram a um aproveitador a missão de cuidar do rapaz. O resultado disso, é que o mesmo usou os recursos doados para salvar a vida do pianista Szpilman, deixando-o a beira da morte por inanição. 
O pianista ainda teve que passar por muitos episódios de busca pela sobrevivência. Ao fugir do prédio atingido por um tanque, o pianista se viu em meio aos escombros de uma cidade destruída pela guerra. Eis que o inesperado acontece: um capitão nazista, Hosenfield (189-1952), o encontra e o liberta graças a sua música, sendo esse, certamente, o ponto mais comovente da história.
O capitão passa a alimentá-lo e uma inesperada amizade surge em meio ao horror da guerra. Posteriormente, o algoz teria o mesmo destino, mas não a mesma sorte. Szpilman sobrevive e trás consigo a gratidão pelo homem que salvou a sua vida. 
Inspirado numa história real, O Pianista nos leva a refletir sobre a guerra que é capaz de destruir tudo, menos o mais sublime que existe dentro de nós: a compaixão pelo outro que é o que de fato nos faz humanos.


 Wladislaw Spilman chora a destruição de Varsóvia.


Szpilman e Hosenfield: em meio a guerra, a música os aproxima, revelando o lado humano do capitão nazista,

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

A polêmica posição do Congresso Brasileiro a respeito da família:


Uma família se constitui de quem ela quiser em nome do amor.

Uma das mais recentes polêmicas do Congresso Nacional é a aprovação do PLC 6583/2013 que dispõe sobre o conceito de família a ser considerado legitimo pela lei brasileira. Para a maioria dos deputados, o conceito de família envolve apenas o pai, a mãe e os filhos ou um dos dois e os filhos. As demais relações são desconsideradas legalmente.
Na última semana, esse foi um dos temas mais debatidos nas redes sociais. Em pleno século XXI, os congressistas buscam impor uma configuração totalmente conservadora que não condiz com a realidade das famílias brasileiras.
O ato pode até mesmo ser entendido como uma espécie de retaliação aos casais homo afetivos, por exemplo, mas erra feio, ao desconsiderar que famílias de configurações diversas se compõem no país e não apenas por uma questão de sexualidade. As circunstâncias da vida das pessoas, as afinidades e o afeto, são componentes fundamentais para a constituição familiar. Isso vai muito além da relação parental formal e da própria constituição biológica que em tese forma os indivíduos. 
Ser família é estabelecer uma parceria de intimidade, carinho mútuo, cuidados e etc. Isso pode acontecer ou não entre pessoas que possuem os mesmos laços de consanguinidade. Isso normalmente se dá entre quem tem a disposição e a coragem de doar-se ao outro.  
Nesse sentido, há pais carnais que em nada constituem a família de uma pessoa. Pois essa disposição é de dentro do homem, surge no coração e se estende ao exterior. Uma família se faz com grandes doses de afeto e generosidade. Isso, lei nenhuma consegue regular.
É evidente que para uma criança se fazer, é necessário que haja um pai e uma mãe para concebê-la. Toda a humanidade nasceu de uma mulher e nada mudará esse fato consumado na vida de absolutamente todos nós. Porém, isso por si só não garante amor, proteção, carinho e o cuidado necessário. Se assim fosse, como explicar pais biológicos que colocam um ponto final a vida de seus próprios filhos?
O mais importante é entender que uma família pode ter a forma que ela quiser. Ter uma avó, um tio e uma criança, por exemplo. Uma família pode ser feita por um amigo protetor, que dá aquela ajudinha em nome do amor. Uma família pode até ser do padrasto amoroso, que terminou seu relacionamento com a mãe, mas continua mantendo os mesmos laços afetivos com o seu queridinho. Em outras palavras, o que torna uma família verdadeiramente uma família é o amor.
Nesse sentido, o homem mais importante do nosso mundo ocidental, Jesus Cristo, estaria vivendo ilegalmente, segundo as leis brasileiras, já que sua mãe não o concebeu por conjunção carnal com seu pai adotivo. E aí, como ficaria isso aí?

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Para gostar de ler - Casa de Pensão:


Aluísio de Azevedo escreveu no século XIX uma trama envolvente e surpreendente que poderia ser de um filme ou uma série de TV do século XXI.

Essa é certamente uma das mais surpreendentes obras literárias do nosso país. O autor, Aluísio Azevedo, primeiro escritor profissional do Brasil a receber remuneração para compor sua obras, nos conta em terceira pessoa, a história de Amâncio. O jovem maranhense, vai a Corte (o Rio de Janeiro) estudar. Na viagem, leva na bagagem os conflitos de uma vida inteira e as esperanças de uma vida melhor em meio a liberdade agora conquistada.
Contudo, para alcançar a liberdade é preciso se estabelecer minimamente na capital do país. Para tanto, é preciso residir por algum tempo em casa de um amigo de seu pai. Esse momento revela a dualidade de uma personalidade que se manteve reprimida por um longo tempo e que agora tem a oportunidade de desabrochar.
Os primeiros dias revelam um jovem cuja mascara de estudioso revela ao leitor o boêmio que nutre o gosto pelas conquistas e aventuras amorosas, ardendo de desejo por todas, inclusive sua protetora em terras cariocas. Mas o destino o leva ao reencontro com um amigo de infância, que também está a cursar o ensino superior na capital do país.
Desse reencontro, também participa João Coqueiro, que por baixo de sua máscara de bom rapaz esconde uma personalidade extremamente ambiciosa e perversa, capaz de um plano mirabolante de sedução, através de sua irmã, que é usada como isca para atrair (e extrair) as riquezas de Amâncio. Coqueiro o convence a habitar uma casa de pensão, onde boa parte da trama se desenvolve.
Numa história envolvente de tramas que ultrapassam os limites da imaginação do leitor a respeito da história, o livro detalha como era a cidade do Rio de Janeiro em meados do século XIX e mostra aspectos contidos na personalidade dos homens que ultrapassam os tempos. Apesar de sua linguagem tão diferente daquela que usamos cotidianamente e que a primeira vista parece tão difícil, ao deslanchar na leitura, torna-se um detalhe se tratar de uma obra secular e cada página ou capitulo se apresentam com incríveis novidades. Ao melhor estilo das séries televisivas contemporâneas, o livro prende a atenção e nos transporta a um lugar bem longe no tempo e ao mesmo tempo tão atual, com sentimentos tão semelhantes aos do século XXI.
Uma leitura indispensável aos apreciadores de uma boa leitura. 

domingo, 6 de setembro de 2015

A experiência de um intercâmbio nos Estados Unidos:

Morar longe do país. Num lugar legal. Conhecer pessoas novas, respirar novos ares, em ambiente totalmente diferentes. Quem nunca teve esse sonho? Como será realizá-lo? Para compreender melhor essa realidade, conversei com minha ex-aluna da E.E. Pe. Simon Switzar, Carolina Dornelas,  que aos vinte e um anos vive essa experiência mágica que faz crescer em todos os sentidos. Além de estudar, ela tem a possibilidade de trabalhar lá e interagir com as pessoas que a cercam. É uma experiência maravilhosa, pois além da viagem em si,  proporciona a vivencia cotidiana fora do país em todos os aspectos. Carol vive nos Estados Unidos, onde trabalha e estuda. Foi colega de turma de Ananda e Laís que já dividiram suas experiências acadêmicas com o blog.. Sua ida se deu através de um programa de intercâmbio e esse cotidiano ela nos revela nas linhas que se seguem:

Luana Ensina - Como surgiu a oportunidade de ir para os Estados Unidos?

Carolina Dornelas - A oportunidade de vir surgiu quando meu melhor amigo me apresentou ao programa de intercambio AU PAIR. É basicamente um intercambio de trabalho e estudo,  onde você escolhe uma família americana ainda no Brasil e depois vai morar na casa deles nos Estados Unidos, trabalhando como babá de seus filhos. Você recebe um salário semanal e uma bolsa de estudos de até 500 dólares para fazer o curso que quiser. É um programa muito bacana para quem,  assim como eu,  quiser viver fora do país por um tempo,  sem gastar muito. O tempo máximo desse intercambio é de 2 anos.

Luana Ensina - E a adaptação longe de casa? Fale sobre a maneira como tem sido recebida pelas pessoas.

Carolina Dornelas - Minha adaptação foi umas das coisas mais difíceis dessa experiência toda. Só perde para a saudade da família. Lembro que o primeiro mês foi bem brutal. Estar num lugar totalmente diferente de casa, onde tudo: as pessoas,  os costumes, as comidas são tão diferentes do que eu conhecia... foi bem tenso. Acho que só comecei a me adaptar mesmo a partir do terceiro mês (estou no décimo mês). A família americana que me acolheu, graças a Deus, me recebeu maravilhosamente bem. Sinto que sou parte da família nessa casa. Agora,  de outros americanos, eu não sinto a mesma receptividade. Eles são meio fechados, totalmente diferentes de nós brasileiros, que recebemos qualquer um de braços abertos - isso foi outra coisa difícil na minha adaptação - aqui, eles só dão um aperto de mão e olhe lá.

Luana Ensina - Quanto à língua, neste caso, o inglês, você consegue se comunicar bem com as pessoas falando este idioma?

Carolina Dornelas - Graças a Deus, não tenho problemas com o inglês. Estudei esse idioma durante quase 5 anos, antes de vir pra cá, então, quando eu cheguei, conseguia me virar bem. Consigo conversar normalmente e entendo praticamente tudo. Obvio que ainda tenho muito para aprender, principalmente, o vocabulário. Cada dia aprendo uma coisa nova com os meninos que eu cuido. Eles tem 12 e 13 anos e são meus principais professores aqui, me corrigindo toda vez que eu erro alguma coisa.

Luana Ensina - O que há de positivo e negativo nessa experiência que você está vivendo ao morar fora do país?

Carolina Dornelas - Poxa, tem TANTA coisa positiva que veio com essa experiência. Conhecer e viver uma cultura diferente daquela que eu cresci vendo nos filmes. Tem sido demais! Aprimorar o meu inglês. Agora, o crescimento pessoal, tem sido a coisa mais positiva. Nesses 10 meses, aprendi a me virar totalmente sozinha e a não depender de ninguém pra nada. Abri mais a cabeça. Aprendi a ter paciência... Tenho aprendido tanto todo dia! E de negativo, acho que o fato de saber que agora casa nunca mais vai ser o bastante pra mim - ganhei uma vontade imensa de conhecer o mundo todo com essa experiência.

Luana Ensina - E a saudade de casa, de Poá-SP, da família e dos amigos? 

Carolina Dornelas - Como eu disse, a saudade é a parte mais dificil disso aqui. Não tenho saudade da cidade em si, mas sim das pessoas (e da comida maravilhosa, obviamente). Se eu pudesse, trazia todo mundo pra cá e não voltava mais! As coisas aqui são BEM mais fáceis. Vou voltar pela minha famíla, que não trocaria estar perto, por nenhum lugar do mundo!

Luana Ensina - O que você diria para um jovem que tenha interesse em morar nos EUA?

Carolina Dornelas - Eu diria: se puder vir, VENHA! É uma experiência inesquecível e única. Vai te fazer enxergar e valorizar as coisas que tem realmente importância para você, sem contar o diferencial que uma experiência dessas  trás para um currículo de trabalho!


Em 2011, na E.E. Pe. Simon Switzar, com a amiga Laís Silva.

Carol aproveitando as belas paisagens americanas. No calor do verão, a oportunidade de usar roupas brasileiras.


Aqui, a estudante aproveita o frio intenso e a neve. Um espetáculo e tanto para quem cresceu num país tropical!


Carolina Dornelas aproveitando o cotidiano americano em sua experiência como intercambista brasileira nos Estados Unidos.

Para saber mais:
  • O AU PAR é uma espécie de associação entre pessoas que precisam de cuidadores para os filhos e pessoas dispostas a ir trabalhar e estudar fora de seu país. É uma opção bacana para quem quer viver essa experiência sem gastar muito.
  • A Carol viajou tendo o domínio do idioma local: o inglês. Isso garante uma segurança a mais para evitar maus entendidos entre as partes,  por exemplo. Por isso, para começar a pensar no intercâmbio é necessário iniciar pelos estudos do idioma primeiro.
  • Quem quer viajar pra fora deve estar ciente de que terá despesas básicas com passaporte, passagem aérea e ter uma quantia de dinheiro que garanta sua sobrevivência até o recebimento de seu primeiro salário. É um passo importante na vida da pessoa,  que deve contar com o apoio da família, em primeiro lugar.

Relembrando: o que é charge mesmo?


Nessa charge, Jaguar trata da hipocrisia social de quem defende certas reivindicações em prol dos outros mas faz justamente o contrário em seu cotidiano.

Charge é uma linguagem usada há séculos para criticar ou satirizar a realidade atual através de um recurso cheio de criatividade: a ilustração. Os chargistas são artistas que usam da sua sensibilidade para captar as mazelas vividas pela sociedade e assim expõem uma visão crítica de determinados episódios.
Sua crítica tem cunho político-social e trazem à tona essas questões sempre de maneira à enfatizar, fazer um certo humor e elevar o pensamento de quem a compreende, que assim pode refletir sobre o tema. Palavra de origem francesa, charge significa carga, em referência ao exagero que provoca ao destacar no desenho um fato ou uma personagem.
As charges foram muito usadas em tempos de Revolução Francesa,  por exemplo,  momento em que criticaram de maneira ferrenha os privilégios do primeiro e segundo estado em detrimento do povo (o terceiro estado).


Nessa charge, o terceiro estado é representado carregando o primeiro e o segundo estado nas costas. Em outras palavras, o povo pagava caro o beneficio de alguns poucos privilegiados.

No Brasil, ainda no século XIX, as charges eram usadas para criticar a monarquia. Os jornais sempre teciam manifestos contrários ao governo da época, utilizando-as para ilustrar seu descontentamento com o governo e acender ainda mais as discussões em torno das questões partidárias, sua relação com a Igreja e assim por diante.


A charge mostra D. Pedro II tentando domar o jogo político: seus aliados: a tartaruga representando o partido liberal e o caranguejo, representando o partido republicano.

As charges persistem até os dias atuais e são indutoras do pensamento livre a cerca das inúmeras questões cotidianas do nosso tempo. É uma arte dominada por poucos, mas imprescindível na nossa sociedade por fazê-la pensar. Polemizar é uma arte dificílima por abraçar a linha tênue entre o equilíbrio e a loucura. Mas qual de nós pode equilibrar-se em tal corda bamba? Difícil manter-se nesse trapézio, não?

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Ensino Médio na ETEC - saiba como funciona:


Lucas Menezes partilha com o leitor sua experiência como estudante de ETEC. Na foto, ele ainda aluno da E.E. Charles de Gaulle, se preparava para o vestibulinho em 2012.

Estudar é parte fundamental da vida de um adolescente. O Ensino Médio é uma fase importantíssima para a formação, pois é a finalização do Ensino Básico e a preparação para o Ensino Superior. Essa etapa importante do ensino pode se dar em escolas estaduais, que segundo a lei são responsáveis por sua aplicação aos jovens concluintes do Ensino Fundamental ou por Escolas Técnicas (estaduais ou federais). Para saber como é a experiência de estudar numa ETEC - Escola Técnica Estadual de São Paulo - do Centro Paula Souza, entrevistei meu ex-aluno de oitava série (atual nono ano) na E.E. Charles de Gaulle, Lucas Menezes. Ele conta para o blog Luana Ensina da decisão e dessa experiência de vida, afinal, é uma fase muito importante de sua vida que está sendo bem aproveitada.

Luana Ensina - Você cursou até a oitava série numa Escola Estadual de ensino regular. Por que você decidiu cursar o Ensino Médio numa ETEC? Explique o processo de ingresso.

Lucas Menezes - Estudar em uma Escola Estadual foi muito importante pra mim, onde pude adquirir experiências e convivi com colegas muito diferentes uns dos outros. Primeiro, é legal ressaltar que tenho muita satisfação em ter estudado e ter aprendido o que eu aprendi e tenho levado na minha vida até hoje... A decisão de me inscrever no vestibulinho da ETEC, foi quando vi que tinha capacidade de mudar de escola, me capacitar em algo melhor e assim crescer no meio estudantil. Através de avisos distribuídos na escola em que eu estudava (Charles) e depois de conversar com amigos próximos, me inscrevi para o Processo Seletivo da ETEC Zona Leste no final de 2012 para fazer o Ensino Médio regular do ano de 2013.

Luana Ensina - E o vestibulinho? Como é a prova e o que é preciso estudar?

Lucas Menezes - O vestibulinho foi uma hora cheia de ansiedade. Normalmente, quem entrou na ETEC fez seu primeiro processo seletivo por lá. Então, é bem tenso e cheio de dúvidas. Ocorreu tudo bem, foi tudo muito organizado. Fiz a prova numa escola próxima à ETEC em que eu queria estudar. A prova tinha 50 perguntas, e, sendo bem sincero, não estudei muito pra prova não. Olhei a prova do ano anterior, que fica disponível no site e a utilizei como base. As próximas etapas eram de verificar a classificação, os procedimentos da matrícula, mas sempre tudo muito bem organizado. É preciso ressaltar que quem se dedicou bem nos anos anteriores se deu bem na prova e foi sossegado.

Luana Ensina - E a experiência mesmo no Ensino Médio da ETEC? As aulas são diferentes daquelas dadas numa escola estadual convencional? Como é o cotidiano numa ETEC?


Lucas Menezes - Meu Ensino Médio foi o melhor. A ETEC nos proporciona amigos que ficam pra vida toda. São pessoas com as quais a gente se entende ao conversar, e que, principalmente, gostam de estudar e fazer as coisas certas.Existe sim, muitas diferenças mas sim entre os alunos frequentes, que vão a escola e são selecionados para receber sua formação numa escola diferenciada. Com alunos selecionados para um ensino melhor e que querem realmente um bom futuro, fica mais fácil pra escola ser organizada e manter normas, que são facilmente seguidas. Com bons alunos disciplinados, a escola dá mais liberdade pra eles, há uma troca recíproca de coisas boas no dia a dia. Os professores são mais valorizados pelos alunos e assim conseguem dar uma aula melhor. Logo, os alunos aprendem mais e conseguem se preparar para um futuro vestibular.

Luana Ensina - Para quem faz Ensino Médio numa ETEC o acesso é facilitado para o ingresso num curso técnico?

Lucas Menezes - Quando se está dentro da ETEC e você entende como funciona tudo lá dentro, você quer usufruir ao máximo daquela estrutura. Por estudar lá dentro, você tem a exata noção do que é o ensino técnico e tem contato direto com professores e alunos de diferentes cursos, módulos, etc. Tendo a experiência de uma prova na ETEC, fazer outra se torna mais fácil. Esse foi o meu caso. No final do meu primeiro ano de Ensino Médio, em 2013, prestei vestibulinho para o curso de Administração na mesma ETEC e passei numa posição muito melhor do que a de 2012.


Com os amigos da ETEC, Lucas Menezes aproveitou a infra-estrutura do colégio para aprender e para cultivar novos amigos.

Para saber mais:
  • Ao contrário das escolas estaduais comuns, as ETECs não pertencem à Secretaria Estadual de Educação. São ligadas à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação. 
  • São de responsabilidade do Centro Paula Souza que é uma autarquia. Autarquia é uma empresa estatal cujo conceito é a auto-suficiência ou autonomia de gestão.
  • Para ingressar no Ensino Médio ou Ensino Técnico das ETECs é necessário pagar uma taxa e prestar vestibulinho, ou seja, fazer uma prova que mede o conhecimento do candidato para garantir a vaga aos melhores classificados.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Hieróglifos - a escrita do Egito Antigo:


1. A escrita hieróglifa: uma das mais antigas do mundo.

No Antigo Egito, desenvolveu-se uma escrita muito particular, baseada em desenhos, tinha a função de registrar as riquezas dessa civilização ou o próprio cotidiano dessa sociedade tão importante da Antiguidade. A palavra hieróglifo vem do grego e significa "escrita sagrada" porque esse conhecimento só pertencia a alguns poucos privilegiados que quase sempre eram ligados à religião, como os sacerdotes, por exemplo.
Sua composição era repleta de símbolos desenhados com bastante cuidado,  embora entendidas por uma pequena parcela de privilegiados que compunha a sociedade egípcia. Para garantir o entendimento de quem a desvendasse, era necessário que os símbolos fosse desenhados de maneira muito meticulosa, evitando-se assim que a escrita não pudesse ser entendida pelo seu respectivo leitor.
O uso do hieróglifo era comum nos templos e túmulos e possuíam uma leitura e escrita muito diferente da nossa, não apenas por seus símbolos diferenciados, mas até mesmo na disposição dos mesmos e no seu entendimento. Muito distante do nosso padrão de escrita linear e entendido da esquerda para a direita, por exemplo.
Os hieróglifos são o simbolo da cultura egípcia mais presente na nossa memória coletiva, ficando atrás apenas dos papiros e das pirâmides. Era com essa escrita que os escribas registravam as informações mais importantes daquela sociedade. Graças ao trabalho árduo de diversos profissionais como arqueólogos, paleontólogos, historiadores, entre outros, podemos ter acesso a esse conhecimento nos dias atuais.


2. Comparada a nossa escrita atual, os hieróglifos são bastante diferentes e sua simbologia chega até mesmo a ser bastante curiosa.


Alunos do terceiro ano do Ensino Médio foram convidados a exercitar essa escrita, embasados evidentemente na nossa escrita atual. Se pudéssemos escrever através desse sistema, como seria? Alguns nomes desses mesmos alunos foram traduzidos para essa escrita. Vejamos a escrita hieróglifa, de um modo que nos é compreensível:



Beatriz


Gabriel


Hellen


Larissa


Letícia


Luanda


Marcela


Marina


Matheus




Sabrina Romano


Stephanie


Tamires


Victor

Créditos:

1. João Paulo dos Santos Brito - 3ºA
2. Jennifer Alves - 3ºA
Beatriz Jacobsen - 3ºA
Gabriel Nascimento - 3ºC
Hellen Cristina - 3ºA
Larissa Pereira Melo - 3ºA
Letícia Mendes Góis- 3ºC
Luanda C. Araújo Nascimento - 3ºA
Marcela Fernandes - 3ºA
Marina Laurindo Dias- 3ºC
Matheus da Silva - 3ºA
Sabrina Romano- 3ºC
Thamires Santos Pereira - 3ºA
Victor Vagner - 3ºA

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

A música Nassíria e Najaf e a Guerra do Iraque:


Nassíria - bairro de Bagdá em pleno conflito da Guerra do Iraque (2003-2011)


Najaf - uma ruína que mostra o que restou depois do bombardeio. 

Um dos conflitos mais recentes da História é a Guerra do Iraque que teve início em 20 de março de 2003 e que chegou ao fim em 15 de dezembro de 2011. Para alguns historiadores, ela é apontada como a segunda Gerra do Golfo, para outros, a terceira Guerra do Golfo - em referência à região do Golfo Pérsico. O conflito naquela região, não é propriamente uma novidade. Entre os anos 80 e 90 do século XX, já havia tido um grande conflito nessa mesma região. O país que hoje ocupa grande parte do território que na Antiguidade era conhecido como Mesopotâmia, sempre foi uma região conflituosa por motivos diversos: políticos, étnicos, religiosos ou econômicos.
Nesse evento mais recente, o conflito se iniciou sob a justificativa de que Saddam Hussein - então ditador do Iraque - dava guarita a membros da Al Qaeda, de Osama Bin Ladem - o que jamais se provou . Mesmo sem as suspeitas terem sido confirmadas, a guerra ocorreu e teve como consequência a condenação de Saddam Hussein a pena capital e o inicio de um projeto que visa inserir a democracia no país, que agora tenta se reconstruir.
Curiosamente, o cenário dos conflitos mais intensos foi Bagdá, capital da província de mesmo nome. Fundada em 762 d.C., a cidade que fica às margens do Rio Tigres, tem como significado de seu nome "Presente de Deus" e já foi chamada de "Cidade da Paz". Contudo, enfrenta ao longo de sua história grandes dificuldades para manter-se em paz e estabilidade.
A artista pernambucana Karina Buhr, fez uma música que reflete a morte de civis durante os bombardeios na madrugada de Bagdá, dentre eles, muitas crianças que as mãezinhas colocaram para dormir o sono da morte diante da guerra. Nassíria e Najaf fala de dois bairros de Bagdá que enfrentaram o drama de ser destruídos por ocasião dos combates.

Nassíria e Najaf
(Karina Buhr)

Dorme antes do míssil passar
Daqui a um segundo
eu posso não ter mais você
Você não mais que isso
Nossa casa explodir
Uma arma cravar meu corpo
Um corpo furar sua carne

Mesmo o que a gente não tem mais
pode morrer aqui
Não importam seus amigos anjos,
nem sua vontade de comer um bolo,
nem meu vestido novo,
nem meu vestido velho

Dorme logo antes que você morra!
Dorme logo antes que você morra!

Dorme antes do míssil passar
Daqui a um segundo
eu posso não ter mais você
Você não mais que isso
Nossa casa explodir
Uma arma cravar meu corpo
Um corpo furar sua carne

Mesmo o que a gente não tem mais
pode morrer aqui
Não importam seus amigos anjos,
nem sua vontade de comer um bolo,
nem meu vestido novo,
nem meu vestido velho

Dorme logo antes que você morra!
Dorme logo antes que você morra!

Está chovendo fogo
e as ruas estão queimando
Todo mundo assistindo
à gente desmilinguindo
Nosso sangue derretendo
junto com o mundo,
que vai se acabando?
Não deu certo!
Tanto trabalho, tanto tempo,
planeta ser feito, gente ser feita,
não deu certo!

Dorme logo antes que você morra!
Dorme logo antes que você morra!

Essa é pras criancinhas de Nassiria, Najaf, em Bagdá,
uma canção de ninar
Essa é pras criancinhas de Nassiria, Najaf, em Bagdá,
uma canção de ninar

Dorme logo antes que você morra!
Dorme logo antes que você morra!
Dorme logo antes que você morra!
Dorme logo antes que você morra!

As pirâmides do Egito - patrimônio cultural da humanidade:


 Destaque para o clima desértico e as pirâmides do Egito.


O Egito é um país dos mais antigos e peculiares da História. Citado na bíblia, o país foi cenário de alguns eventos importantes citados no livro sagrado. Foi lá que Moisés nasceu e de lá fugiu com o povo hebreu da escravidão, rumo a terra prometida. Sua localização ia além da atual, compreendendo diversos países que permanecem nas margens do Rio Nilo.
Seu clima desértico tornava o clima um tanto quanto desagradável, com altas temperaturas durante o dia e temperaturas baixíssimas durante a madrugada. Por conta do deserto, um dos animais mais utilizados na região para transportar cargas e pessoas é o camelo. 
A unificação entre as duas regiões, conhecidas como Alto e Baixo Egito se deu no governo de Narmer - o primeiro faraó do Egito. Os faraós,  detinham o poder político, espiritual e militar. Séculos antes do nascimento de Cristo, o país já contava com uma estrutura complexa de poder e sociedade, tendo inclusive um funcionalismo público para colaborar com os serviços prestados ao público.
Quem fazia os registros eram os escribas, responsáveis pelos cálculos e demais registros das riquezas dos faraós. A escrita do Egito era hieróglifa - repleta de símbolos. De tão próspero, houve presença egípcia até mesmo próxima ao Rio Eufrates (da Mesopotâmia).
Um dos símbolos mais conhecidos do Egito Antigo são as pirâmides, consideradas um patrimônio cultural da humanidade, tendo sua importância artística e cultural reconhecida até os dias de hoje. Construídas para serem o túmulo dos faraós Queóps, Quefren e Miquerinos, foram um dos primeiros grandes desafios arquitetônicos criados pelo homem. Nelas, os faraós ficavam mumificados, tendo seu corpo preservado após a morte.
Por volta de 31 a.C., a civilização egípcia que já se encontrava em declínio, foi conquistada pelo Império Romano e se tornou uma província, perdendo seu governo próprio.

Crédito:
Karen, Luciana e Marcos - 7º ano D

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

A revolta da chibata em samba:

A Baía da Guanabara localiza-se na cidade do Rio de Janeiro, nessa imagem ela é mostrada em inicio do século XX.

Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo feiticeiro
A quem a História não esqueceu
Conhecido como navegante negro
Tinha a dignidade de um mestre-sala
E ao acenar pelo mar na alegria das regatas
Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por batalhões de mulatas

Rubras cascatas
Jorravam das costas dos santos entre cantos e chibatas
Inundando o coração do pessoal do porão
Que, a exemplo do feiticeiro, gritava então

Glória aos piratas
Às mulatas, às sereias

Glória à farofa
à cachaça, às baleias
Glória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa história não esquecemos jamais

Salve o navegante negro
Que tem por monumento as pedras pisadas do cais

Mas salve
Salve o navegante negro
Que tem por monumento as pedras pisadas do cais

Mas faz muito tempo

Essa música, foi composta por João Bosco e Aldir Blanc nos anos 70 do século XX e tendo sido gravada por Elis Regina, a maior interprete da MPB na época. Intitulada O Mestre-Sala dos Mares, constitui um clássico da nossa música popular e é um samba muito agradável. Em plena ditadura militar, os compositores que viviam tempos difíceis, posto que as músicas passavam por censura prévia, resgataram na História do Brasil de incio daquele século, um episódio bastante marcante: a Revolta da Chibata. Porém, a música foi modificada em diversos trechos.


Essa imagem é atribuída aos marinheiros que participaram da Revolta da Chibata, no Rio de Janeiro em 1910.

O conflito foi marcado pela revolta dos marinheiros que liderados por João Cândido (o Almirante Negro) se rebelaram contra os castigos físicos que sofriam: chibatadas.Os marinheiros eram muitas vezes recrutados para servir a Marinha do Brasil de maneira compulsória entre o final do século XIX e início do século XX. Desde a Proclamação da República, os castigos físicos haviam sido banidos das instituições federais, mas curiosamente permaneceram na Marinha. Muitos marinheiros eram filhos de ex-escravos e eram humilhados ou castigados fisicamente, como ocorria nos tempos de escravidão. 
Não concordando com essa situação e após presenciar uma agressão bastante grave a um companheiro, Marcelino Rodrigues Menezes, condenado ao castigo de 250 chibatadas, que foram aplicadas na frente da tropa. Quando os marinheiros se rebelaram, ameaçaram bombardear a cidade do Rio de Janeiro - a então capital federal - historiadores apontam, que foram dois anos de planejamento até a eclosão do movimento em novembro de 1910.


João Candido - o Almirante Negro - líder da Revolta da Chibata.

O líder do movimento era um gaúcho, filho de ex-escravos que ingressou aos 13 anos na Marinha em Porto Alegre, por indicação. Em 15 anos de carreira até o episódio, teve no currículo inúmeras viagens. De instruído a instrutor, passou pela Grã-Bretanha e teve contato com marinheiros russos em momentos que viriam a anteceder a própria Revolução Russa. Era muito competente em suas funções e conseguia dialogar com oficiais. Por isso foi indicado pelos pares a liderar o movimento.

A Revolta foi sufocada pelo governo, com uma manobra estratégica, ainda no final de novembro de 1910. O governo disse que concederia anistia aos envolvidos no movimento, mas prendeu-os e os enviou a uma prisão subterrânea na Ilha das Cobras, onde poucos sobreviveram. O episódio é bastante discutido até os dias atuais, seja pela resistência ou pela própria desobediência a uma força militar.