segunda-feira, 22 de março de 2010

Protestos criativos:



Professora se fantasia de palhaça em protesto no meio da multidão.

Em meio aos manifestantes, lá vai a "palhaça" em seu protesto.

Milhares de professores dão um basta ao descaso das autoridades,

Aqui, abre-se um destaque para os protestos mais criativos da manifestação do dia 19 de março de 2010, em que 60 mil profissionais da Educação se reuniram nas principais ruas de São Paulo, contra o autoritarismo do governador paulista e seu secretário da Educação.
Esses exemplos dão conta de que há criatividade no exercício da cidadania. O momento de reivindicação não deve ser apenas triste ou tenso. Certos elementos servem para abrilhantar o movimento e levar as pessoas a refletirem sobre os simbolos.
Os trabalhadores paulistas tem essa característica: colocar humor mesmo em meio às adversidades da luta grevista. Observem as imagens e se possível, comentem o post.

Últimas da Greve:

Milhares de professores na Avenida Paulista, deliberam continuidade da greve.

Nas duas pistas da Paulista, professores protestam contra Serra.

No detalhe, professores do interior de S. Paulo, na manifestação de 19/03.

Cerca de 60 mil pessoas na descida da Rua da Consolação.

No último dia 19, foi realizada a terceira Assembléia de Professores Estaduais. Ela marca a continuidade da greve, que chega à terceira semana, ganhando cada vez mais adesão por parte dos profissionais de Educação. Enquanto isso, o secretário da Educação, Paulo Renato Souza, recusa-se a negociar com os representantes dos sindicatos (CPP, Apeoesp, Apase, Udemo) e o Governador José Serra, antecipa o anúncio de sua candidatura à Presidência da República e finge não se incomodar com as manifestações que param o centro financeiro da capital paulista
Na última sexta-feira, inclusive, o trânsito bateu o recorde do ano, com cerca de 207 km de congestionamentos. Todo esse transtorno poderia (e deveria) ser evitado, se os dois homens competentes tomassem uma atitude e negociassem, ao invés de manipularem a imprensa, com dados impressisos, mentirosos e se não fechassem o espaço áereo, para que as emissoras de televisão pudessem mostrar em imagens do alto, a imensidão de gente lutadora, que se pôs em marcha por uma Educação de Qualidade.
Sendo assim, abre-se espaço aqui para as imagens desse dia histórico na cidade e na vida do professorado paulista. Que o leitor tire suas próprias conclusões.

domingo, 21 de março de 2010

Greve de Professores:


Infelizmente, como é do conhecimento de todos, nas últimas três semanas, os professores paulistas estão de greve. O movimento é forte e cresce em todo o estado. São inúmeras as reinvindicações. Todas elas dizem respeito a um longo período de abandono da escola pública, vitima de uma politica de degradação.
Há muito tempo, a escola´pública nao garante qualidade aos seus estudantes, que saem dela em defasagem de aprendizado. Em contrapartida, inúmeras propagandas governamentais, transmitem para a população uma falsa idéia do que acontece verdadeiramente nos bancos escolares.
Falta a aparelhagem propagada na mídia. Falta incentivo para que os profissionais de educação estudem. O salário é vergonhoso, bem como o vale-alimentação. Para se ter noção, o salário-base de um professor de ensino médio, corresponde a menos de 2 salários mínimos. Desde 1998 não há reposição das perdas salariais.
Em outras palavras, sobem os preços (devido à inflação) e o salário docente continua o mesmo, o que implica numa redução cada vez maior do custo de vida desses profissionais. O governo por sua vez, ofereceu no inicio de março, uma incorporação de uma gratificação a GAM, de R$ 40,00 com mais R$ 6,47 dividido em dois anos. Ou seja, propoe dar esmola àqueles que educam a educação.
Diante disso, não resta outra saída: parar as atividades, para forçar uma negociação com o governo. A greve, consiste num último recurso de negociação e toda ela é política, pois envolve a dinamica do trabalho como um todo.
Espera-se que em breve seja possível o retorno às atividades a fim de evitar mais prejuízos e desgates para alunos, funcionários, professores e governo.

E.E. Charles de Gaulle:

Localizada no extremo leste da cidade de São Paulo, a E.E. Charles de Gaulle (cujo patrono é o grande estadista francês), tem cerca de dois mil alunos, que estudam em três turnos. Destes, cerca de 300 cursam História comigo. Em 2010, a tarefa é ensinar o processo histórico da antiguidade e da contemporaneidade, para alunos do matutino, de primeiros e terceiros anos, do Ensino Médio, cujos programas envolvem questões crucias para o entendimento da atualidade.
Ao longo de tres anos letivos na Unidade Escolar, mais um super desafio está lançado: lecionar em meio a todas as dificuldades de um sistema falido e sem a infra-estrutura necessária. Os próximos posts mostrarão as ações dessa luta.
Estão preparados?

Novo ano, velhos problemas:

Em 18 de fevereiro de 2010, tiveram início as aulas nas escolas estaduais de São Paulo. Apesar de ser o início de um novo ano, os problemas são os velhos de sempre: salas superlotadas, falta de infra-estrutura e material, normas e leis que serão descumpridas ao longo do ano.
No planejamento escolar, os velhos discursos de sempre, mas, nenhuma novidade. O mesmo currículo patético de Serra, que mantém o aluno em precarias condições de aprendizagem para a disputa de uma vaga no selvagem mercado de trabalho.
Para as aulas de P.D, nenhum material havia chegado até o dia 05 de março. O kit escolar, bandeira política do governo, entretanto, foi entregue nos primeiros dias letivos. Sobre a epidemia de gripe h1n1, nenhuma orientação.
Em outras palavras, o novo ano denota as mesmas ineficiencias do sistema educacional do passado. Os velhos erros e o deixa pra depois da Secretaria Estadual de Educação, que posteriormente virá cobrar e responsabilizar os profissionais de Educação por erros que são seus.