quarta-feira, 22 de abril de 2015

A menina que roubava livros - uma história sensível de amor e amizade:


Liesel e Max - nem a guerra conseguiu destruir a humanidade da menina.
 
A história é narrada por ninguém menos que a morte. Ela que um dia chega para por um ponto final na vida de todos os mortais. A personagem, não muito usual nos romances, dá a sua versão dos fatos num dos muitos episódios da Segunda Guerra Mundial. Neste caso, a morte quer contar a vida de uma menina que viveu numa pequena cidade alemã.
Embora o titulo do livro de Markus Zusak e do filme baseado na obra literária, sejam relativos a um ato que demonstra falta de caráter, a história é doce, pois trata de uma menina, Liesel,  que se vê em meio a perda do irmão e numa situação totalmente nova e inesperada: é entregue pela mãe à adoção, no auge dos seus 12 anos. Tendo agora como pais adotivos um casal alemão de personalidades completamente distintas: a mãe, Rosa,  um vendaval e o pai, Hans, uma calmaria. A menina teve que superar seu analfabetismo juvenil e com a ajuda do pai e o apoio de um novo amigo, Rudy, enfrentar suas dificuldades pessoais e as enfrentadas por todos durante a guerra.
O ponto central da história, no entanto, é o auxilio dado pela nova família de Liesel, os Huberman, a Max, judeu, filho de alguém que salvara Hans durante a Primeira Guerra Mundial. Tal ação em pleno governo de Hitler poderia significar a morte de todos, mas a família se uniu em torno da vida do hospede e a menina, para salvá-lo, resolveu empreender uma ação das mais ousadas.
O fato é que a história faz pensar na lealdade, nos valores humanos e nas verdadeiras amizades que se firmam por sentimentos de generosidade, compaixão e amor ao próximo, no sentido mais puro da palavra. Mesmo nos momentos de crise, é possível manter-se humano e lúcido? Essas são as reflexões mais sensíveis de uma história tão delicada que nem a morte é capaz de ofuscar o brilho.

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