Atualmente, um dos maiores problemas que se discute é a crise hídrica que afeta o Estado de São Paulo e a região sudeste do país. Os sistemas de abastecimento estão a beira do colapso, contudo, o que muitos não imaginam é que o problema vem de longa data. Em 2003, por exemplo, o ano em que a ONU (Organização das Nações Unidas) escolheu como o Ano da Água Doce, esteve a beira de uma situação parecida ou até mesmo pior do que a experimentada pelos habitantes da Região Metropolitana de São Paulo.
Numa pesquisa de acervo de jornal, é possível comprovar rapidamente, que no início dos anos 2000, a crise de abastecimento já vinha afetando S. Paulo, sobretudo, as pequenas cidades que já sofriam com as consequências do desabastecimento de água. O recém-reeleito governador de São Paulo à época era Geraldo Alckimin. Vejamos uma notícia da Folha de S. Paulo em fevereiro de 2003:
Extraído do Jornal Folha de S. Paulo: terça-feira, 18 de fevereiro de 2003. A cidade de Guaíra - SP no norte do Estado já sofria uma falta d'água "crônica".
Na cidade de Campinas - uma das maiores e mais importantes do interior paulista - já se noticiava o aumento da procura dos moradores da cidade pela perfuração de poços artesianos, conforme se pode ver no seguinte destaque:
Extraído do Jornal Folha de S. Paulo: segunda-feira, 17 de março de 2003. Os poços ao mesmo tempo ajudariam a evitar problemas de falta dágua.
O próprio sistema Cantareira já estava bastante prejudicado pelo excesso de captação e outros sistemas também sofreram. Na região abastecida pelo Alto Cotia. houve inclusive racionamento de água e a população se preocupava com medidas efetivas de economia de água. É interessante que o que se publicava à época passa pelas mesmas preocupações que temos em 2014:
Extraído do Jornal Folha de S. Paulo: quarta-feira, 17 de outubro de 2003. Prédio de Perdizes captava água para economizar. Pequena nota dava conta do fim do racionamento no Alto Cotia.
Através das análises conjunturais de 2003 é possível perceber que a crise hídrica de São Paulo não é uma novidade histórica. Talvez tenha ganho nesse ano uma maior visibilidade por conta das eleições ou até mesmo pelo acesso maior de pessoas aos meios de comunicação - em especial às redes sociais - o que difunde o problema. Olhar o passado nos faz perceber a recorrência do problema e refletir a cerca da solução. A água potável da Terra disponível para a população é cerca de 0,01%. É preciso que façamos a nossa parte e economizemos individualmente, contudo, as ações maiores de regulação desse bem comum compete ao estado nas suas mais diferentes esferas. Todavia, não podemos nos manter indiferentes ao tema, pois dele depende a própria existência humana.
Através das análises conjunturais de 2003 é possível perceber que a crise hídrica de São Paulo não é uma novidade histórica. Talvez tenha ganho nesse ano uma maior visibilidade por conta das eleições ou até mesmo pelo acesso maior de pessoas aos meios de comunicação - em especial às redes sociais - o que difunde o problema. Olhar o passado nos faz perceber a recorrência do problema e refletir a cerca da solução. A água potável da Terra disponível para a população é cerca de 0,01%. É preciso que façamos a nossa parte e economizemos individualmente, contudo, as ações maiores de regulação desse bem comum compete ao estado nas suas mais diferentes esferas. Todavia, não podemos nos manter indiferentes ao tema, pois dele depende a própria existência humana.
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