sábado, 21 de março de 2015

ESPECIAL GREVE: A greve documentada.

A greve é a interrupção dos trabalhos com o objetivo de dialogar com os patrões em torno de uma pauta de reivindicações. O termo tem sua origem em Paris, num porto fluvial onde franceses desempregados se reuniam para discutir questões pertinentes ao emprego no Place de Gréve, seu significado literal é: "terreno plano de cascalho à beira do rio ou do mar". As primeiras greves teriam ocorrido nesse local no século XVIII.
No Brasil, há inúmeros movimentos grevistas famosos encabeçados por operários desde o inicio do século XX. Certamente as greves brasileiras mais famosas são as que aconteceram no final da década de 1970 protagonizadas por metalúrgicos do ABC paulista, mas diversas categorias profissionais entram em greve no país para expressar seu descontentamento: professores, médicos, policiais, garis e etc. 
A greve é um direito constitucional contido no artigo 9º da lei máxima do país. Não é uma falta. É um acordo coletivo decidido pela assembléia da categoria que a legitima e assim tenta estabelecer negociações com os seus superiores. Quem trabalha na intermediação dessa negociação é o TRT - Tribunal Regional do Trabalho, órgão responsável por julgar seu mérito. Todo o processo de negociação é documentado. 
Vejamos a documentação pertinente a Greve dos Professores Estaduais de São Paulo em curso:


 Ofício 01: Antes da Assembléia que decidiu pela greve, em 10/03/2015, a presidente do sindicato dos professores (APEOESP), enviou um ofício ao Secretário da Educação propondo um diálogo, o qual não obteve retorno satisfatório.


  Ofício 02: Imediatamente após a Assembléia de 13/03/2015 que deflagrou a greve, o sindicato envia um documento comunicando a greve da categoria e submetendo uma pauta de reivindicações para ser apreciada e para que possa iniciar a negociação. Neste caso, o ofício é enviado diretamente ao governador.



Ofício 03: Um documento semelhante ao que fora enviado ao governador é encaminhado para o Secretário de Educação.




Ofício 04: Mais uma vez o sindicato pede para estabelecer diálogo com o secretário da Educação de São Paulo, em 18/03/2015. No documento são citados outros semelhantes que permaneceram sem resposta.


Ofício 05: Semelhante ao documento anterior enviado ao secretário de Educação é enviado para apreciação do governador.


Ofício 06: A pauta de reivindicações é novamente enviada ao governador. O objetivo é que haja negociação e que se possa chegar a um acordo que seja bom para ambas as partes.

5 comentários:

  1. Parabéns pela explicação,irei divulgar nas redes sociais,é importante essa informação.

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  2. Obrigada Antônia. Meu objetivo é difundir informações relevantes e esclarecer as pessoas a cerca do nosso movimento que é legítimo não apenas nas questões legais como também no que se refere a todo o contexto de crise educacional que temos presenciado nas últimas décadas.

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  3. Muito Ofício, fica nessa Lenga-lenga, por isso que o governador e o secretário, dão reportagem dizendo questões ano é a mesma coisa.

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  4. Luana , bom dia e obrigado pelas informações , Saiba que distorcendo as informações ao ponto da leviandade , muitos gestores pressionados pelos superiores , tentam enfraquecer o movimento!!! Valeuu!!!

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  5. Simone, os ofícios existem para provar que há uma tentativa real de diálogo. Nosso movimento não é uma ilusão. Antônio, a minha ideia é mostrar como a greve tem sido legítima desde o inicio. O que não é legítimo é a negação do governo em negociar nossas reivindicações.

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