domingo, 21 de abril de 2013

Professores do Estado de S. Paulo em greve:

Desde a última sexta-feira, os professores paulistas estão de greve. A adesão ao movimento se deu devido às péssimas condições de trabalho, a falta de valorização do magistério, a precarização do trabalho docente, que desde 2008 tem se dividido em diversas categorias, entre outros motivos. Pede-se  que o governo reajuste os salários em pouco mais de 36%, como forma de repor as perdas inflacionárias.
Além disso, a politica educacional que vem sendo adotada em S. Paulo, nas últimas décadas (em sucessivos governos do PSDB), vem precarizando o sistema de ensino, tornando o trabalho docente cada vez mais insalubre, As salas de aula estão superlotadas, não há aparelhagem nas escolas que garantam um ensino atrativo. A progressão continuada, tem se transformado em promoção automática e muitos alunos avançam nos estudos mesmo sem ter condições de aprendizado e acompanhamento nas séries mais avançadas. A violência tem adentrado as escolas, os professores tem cada vez menos autoridade e tem se tornado vítimas de agressões dos alunos e seus responsáveis.
Por causa disso, o magistério não tem atraído novos profissionais  o que faz com que muitas escolas não tenham professores para lecionar. Com isso, os alunos da rede estadual ficam cada vez mais defasados no aprendizado e ficam em desvantagem na competição por vagas no mercado de trabalho e nas universidades públicas.
O governo, por sua vez, propaga nos meios de comunicação que a educação está indo de vento em poupa e dá cada vez mais espaço para instituições públicas adentrarem as escolas e implementar seus projetos educacionais. Para tanto, paga-se milhões para empresas privadas, ao mesmo tempo em que se alega não haver condições financeiras de aumentar o salário dos servidores. 
Não se respeita a lei do piso nacional que diz que o professor deve ter 1/3 das suas horas de trabalho reservadas para o preparo das aulas e demais atividades pedagógicas. Falta também um plano de carreira que estimule os professores a estudarem continuamente e serem bem remunerados por seus títulos.
Espera-se que a Secretaria da Educação possa atender essas reivindicações e que a Educação do povo paulista seja vista como um investimento, para que as futuras gerações possam estar bem preparadas pra deixar nosso estado no rumo certo.

2 comentários:

  1. Perfeito, Luana. Porém não acredito em grandes mudanças. Infelizmente nossa classe é muito desunida...

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  2. Concordo contigo, temos uma classe desunida, porém, acredito que só a luta muda a vida. A disposição de mesmo com toda essa divisão da categoria, criada pelo governo em 2008, fazer uma greve, já merece elogios, pois nem isso os agentes fazem, mesmo quando as terceirizações batem na porta deles. Como professores, ainda somos exemplo pra outras categorias de trabalhadores e é isso que importa.

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