sexta-feira, 20 de março de 2015

ESPECIAL GREVE: A greve continua!

Debaixo de uma baita chuva, mais de 60 mil professores paulistas, vindos de diversas regiões do Estado de São Paulo, se reuniram no vão livre do MASP em Assembléia e decidiram pela continuidade da greve iniciada na sexta-feira passada (13). O governo do Estado de São Paulo e sua secretaria de Educação esta semana decidiram ignorar o movimento, que cresce a cada dia e se fortalece cada vez mais diante de tanta insatisfação com a precarização do sistema educacional público paulista.



A Assembléia optou pela continuidade da greve nesta tarde chuvosa.

Um dos motivos que tem impulsionado o crescimento do movimento foram as declarações (infelizes) do governador Geraldo Alckimin, que no sábado (14) disse que "todo ano é essa novela", referindo-se as greves estaduais de professores, movimentos que ocorrem quase que anualmente no estado que é administra há mais de 20 anos pelo seu partido e por sua própria pessoa. Isso por si só, já demonstra que o descontentamento não é pontual, mas recorrente.

Muitos professores têm protestado pela fala infeliz do governador comparando o movimento a uma novela.

Apesar da multidão incontestável, o governador e seu secretário de Educação não se pronunciaram em relação a negociação das pautas da greve, que incluem aumento de salário e melhores condições de trabalho, a reabertura de salas fechadas e o fim da superlotação das salas de aula, bem como o fim da duzentena que deixa professores contratados desempregados e alunos sem aula. Nas ruas da cidade, os professores pediram o apoio da sociedade:


Cartaz pedindo o apoio dos pais dos alunos.

Após a decisão pela continuidade da greve, os professores fizeram uma enorme passeata pela Avenida Paulista e Rua da Consolação. Pelo centro financeiro da capital paulista os professores demonstraram sua luta legítima para toda a sociedade.


Professores destacam a posição autoritária do governador frente a greve dos professores de 2015.

O ato se encerrou em frente à Praça da República, onde fica a sede da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo. Na descida da Rua da Consolação foi possível constatar a grande multidão de professores em greve por respeito e valorização do magistério paulista.


Grande multidão de professores decide a continuidade da greve de professores em 2015.

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