Debaixo de uma baita chuva, mais de 60 mil professores paulistas, vindos de diversas regiões do Estado de São Paulo, se reuniram no vão livre do MASP em Assembléia e decidiram pela continuidade da greve iniciada na sexta-feira passada (13). O governo do Estado de São Paulo e sua secretaria de Educação esta semana decidiram ignorar o movimento, que cresce a cada dia e se fortalece cada vez mais diante de tanta insatisfação com a precarização do sistema educacional público paulista.
A Assembléia optou pela continuidade da greve nesta tarde chuvosa.
Um dos motivos que tem impulsionado o crescimento do movimento foram as declarações (infelizes) do governador Geraldo Alckimin, que no sábado (14) disse que "todo ano é essa novela", referindo-se as greves estaduais de professores, movimentos que ocorrem quase que anualmente no estado que é administra há mais de 20 anos pelo seu partido e por sua própria pessoa. Isso por si só, já demonstra que o descontentamento não é pontual, mas recorrente.
Muitos professores têm protestado pela fala infeliz do governador comparando o movimento a uma novela.
Apesar da multidão incontestável, o governador e seu secretário de Educação não se pronunciaram em relação a negociação das pautas da greve, que incluem aumento de salário e melhores condições de trabalho, a reabertura de salas fechadas e o fim da superlotação das salas de aula, bem como o fim da duzentena que deixa professores contratados desempregados e alunos sem aula. Nas ruas da cidade, os professores pediram o apoio da sociedade:
Cartaz pedindo o apoio dos pais dos alunos.
Após a decisão pela continuidade da greve, os professores fizeram uma enorme passeata pela Avenida Paulista e Rua da Consolação. Pelo centro financeiro da capital paulista os professores demonstraram sua luta legítima para toda a sociedade.
Professores destacam a posição autoritária do governador frente a greve dos professores de 2015.
O ato se encerrou em frente à Praça da República, onde fica a sede da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo. Na descida da Rua da Consolação foi possível constatar a grande multidão de professores em greve por respeito e valorização do magistério paulista.
Grande multidão de professores decide a continuidade da greve de professores em 2015.
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