No Brasil, nas últimas décadas tem surgido um termo novo e muito complexo no mundo do trabalho, a ele chamamos de terceirização. Terceirizar é o mesmo que delegar a alguém uma função e assim administrá-la. Supondo que uma mãe possui dois filhos e dá a seguinte ordem ao mais velho: "ao voltar, quero que você deixe toda a louça lavada, enquanto o seu irmão estuda para a prova." Ficando os dois irmão em casa, o que deveria lavar a louça oferece um pagamento ao que deveria apenas estudar. Assim, quando a mãe chegar, ela terá a louça lavada (só que não pelo filho a quem destinou a tarefa, pois este a terceirizou, ou seja, fez com que outra pessoa cumprisse a sua tarefa).
No mundo do trabalho, a terceirização promove uma flexibilização, que na prática retira direitos de quem realmente exerce a função (como o filho que ficou sem estudar para a prova) e ao mesmo tempo enriquece quem explora esse mercado. Assim, existem empresas que são pagas para recrutar e administrar certos trabalhos, elas assinam contratos que são super vantajosos para si, mas que na prática pagam muito pouco a quem de fato realiza o trabalho. Os trabalhadores ganham menos e por não serem contratados de maneira direta recebem menos benefícios trabalhistas do que receberiam se fossem contratados diretamente.
Por outro lado, se quem contratou o serviço tiver algum problema (reclamações, não cumprimento de prazos, etc) com a empresa que contratou para prestar um determinado serviço, resolve facilmente a questão: basta quebrar o contrato e estabelecer um novo com uma outra empresa do ramo. Assim, não há um compromisso direto com os funcionários e nem com a qualidade de seu atendimento. Os funcionários dessas empresas, por sua vez, ficam em posição vulnerável pois seu emprego está condicionado a contratos precários de trabalho. Em todos os sentidos.
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