Ao longo da semana, estão sendo exibidas reportagens de uma série produzida pelo telejornalismo da TV Record, onde se denuncia uma série de problemas que envolvem o sistema educacional brasileiro, dentre os quais, muitos fazem parte da Diretoria Regional de Ensino Leste 2, da qual a E. E. Charles de Gaulle faz parte. Professores que fazem parte da Apeoesp, foram entrevistados e falam da situação. Intitulada de "Perigo na Escola", fica visível a precariedade do sistema de norte a sul do país. A quem interessar, as reportagens estão aqui linkadas:
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
quarta-feira, 31 de julho de 2013
Papa Francisco e sua presença no Brasil:
Se o mês de junho foi marcado por intensa movimentação politica, o mes de julho foi marcado por frio e pela visita de um representante de Estado muito interessante politica e espiritualmente. Trata-se do papa Francisco.
Um papa é um líder religioso (chefe da Igreja Católica) e estadista (presidindo o Estado do Vaticano, um minúsculo país localizado dentro da cidade de Roma). Esse título foi criado há muito tempo, quando Pedro apóstolo de Jesus Cristo liderou a Igreja.
De lá pra cá, muitas águas rolaram. Houve papas santos, profanos, de atitudes duvidosas, corruptas e assim por diante. Alguns governaram por um longo tempo, outros tiveram uma breve passagem.
O fato é que com críticas ou não, os papas tem importância e relevância em diversos momentos da História ao longo de dois mil anos de Cristianismo. No século XX, com a chegada da mídia, essa relação do papado com os fiéis da Igreja Católica ficou cada vez mais próxima.
O fato é que desde os anos 80, o papa é pop. João Paulo II ganhou notoriedade e respeito ao viajar pelo mundo pregando e se aproximando cada vez mais das pessoas. Seu sucessor, Bento XVI, em oito anos de pontificado, também se aproximou dos fiéis.
Contudo, é o papa Francisco, atual chefe da Igreja, que tem atraído mais holofotes, seja por seu passado controverso, seja pelo ineditismo de sua chegada ao poder, concomitante à seu antecessor, que agora se tornou papa emérito. Além disso, Francisco é o primeiro a escolher tal nome, que significa em latim "Outro Cristo", o primeiro latino-americano e o primeiro jesuíta.
Em sua passagem pelo Brasil, o papa atraiu a juventude que participava da Jornada Mundial da Juventude (evento católico de grande importância) e a todos que puderam ver um papa mais despojado, mais informal, mais humano.
Ao contrario de seus antecessores, Francisco não colaborou com as equipes de segurança que o acompanhava e quebrou todos os protocolos possíveis e imagináveis. Teve a sensibilidade de chegar aos mais fracos (deficientes, idosos e crianças) descendo do papamóvel (carro especialmente desenvolvido para os papas) e ficando no mesmo nível de todas as pessoas que foram ao seu encontro. Milhões de pessoas. Na praia de Copacabana, por exemplo, reuniu mais de 3 milhões em via-sacra e missa.
Francisco é a grande esperança de renovação na Igreja. É bem visto inclusive por líderes de outras religiões, como os mulçumanos. Ele trás vigor a uma Igreja que na década passada se viu envolta em escandalos sexuais ou de corrupção. A esse respeito, o papa disse que delito é diferente de pecado. Deus perdoa os pecados, mas não se esquece do delito.
Tive a oportunidade de estar presente em sua missa na Basílica de Nossa Senhora Aparecida e a seu respeito posso afirmar que estar com Francisco é emocionante, pois sua naturalidade, seu sorriso e sua benção, ao mesmo tempo o tornam igual a todos e especial como ninguém.
Foto tirada pela autora, durante a passagem do papamóvel após a Missa em Aparecida - SP, em 24/07/2013
domingo, 21 de julho de 2013
Democracia: governo do povo?
Atendendo a pedidos, farei umas postagens pro blog. Mesmo estando de férias!
Més passado, vimos em todo o Brasil, diversas manifestações em todo o país. Sob o slogan (bastante discutível, diga-se de passagem) "O gigante acordou", milhares de pessoas foram as ruas pedir a redução das passagens de ônibus.
mas, contra quem se manifestava? Contra o governo. Que governo é esse? O governo democrático.
Democracia é o governo do povo. Sua origem é a Grécia Antiga, quando ficou decidido que o povo participaria do governo das pólis, tendo seus representantes no Senado.
A palavra democracia, significa governo (cracia) do povo (demos). Teoricamente, é bem bonito. Mas na prática...
Na Grécia Antiga, só podiam votar os cidadãos. Para ser cidadão, era preciso ser homem, livre e ter descendência ateniense. Os demais, estavam excluídos.
Ou seja, na prática, a democracia não era a representação do povo, como se pregava e sim, a representação de alguns privilegiados.
trazendo essa discussão para os nossos dias, vemos que os governos democráticos deram lugar aos antigos regimes monárquicos no mundo inteiro. Na sociedade capitalista, caiu como uma luva, pois através do voto as pessoas escolhem seus representantes, que teoricamente deveriam legislar em sua causa. Capitalismo combina com liberdade de escolha (voto), porque o consumidor tem que se sentir importante e livre para estar sempre atuando no mercado.
contudo, o que se vê, é que muitos governos, mesmo sendo democráticos, não respeitam de fato a maioria e tomam medidas que acabam prejudicando o povo. Basta ver o que está acontecendo na Europa, em que os governos estão tomando as chamadas medidas de austeridade e assim, garantindo muito mais os interesses de alguns, que preservando os da maioria.
No Brasil, por exemplo, desde que os republicanos tomaram o governo, vê-se que o voto primeiramente pertencia a alguns privilegiados e que mesmo estendendo-se esse direito à maioria da população, muitos não são ouvidos e bem representados pelos legisladores, que na maioria das vezes, atuam em causa própria, favorecendo a si e a seus interesses.
terça-feira, 18 de junho de 2013
Junho de 2013:
Os grandes acontecimentos da juventude se fazem em meses expressivos. Foi assim em 1968, quando os jovens franceses gritaram toda a sua revolta e insatisfação, gerando um levante popular que deu vazão a muitas mudanças na sociedade e impulsionou jovens do mundo inteiro a clamarem por liberdade. No Brasil, que à época vivia sob um regime militar, não foi diferente. Esses acontecimentos deram sentido a uma serie de manifestações estudantis, contra o sistema politico, que culminaram com o endurecimento do regime, o AI-5, e a ditadura instaurada.
Brasil, 1968.
Feita essa pequena explicação, devo dizer, que vivenciamos evento semelhante. Há algum tempo, no Oriente Médio, ocorreu a Primavera Árabe, uma série de manifestações do povo contra seus governantes opressores e ditadores. Essas mobilizações puseram ponto final a governos que há muito tempo abusavam do poder nesses países.
Primavera árabe. 2012.
O que vem acontecendo nos últimos dias em São Paulo e nas demais capitais brasileiras, é o despertar de muitas insatisfações do povo brasileiro com os seus governantes, que nos últimos anos, tem prometido os céus aos eleitores e, após eleitos, oferecido o inferno aos mesmos.
Na capital paulista, tudo começa quando em 2012, o novato candidato Fernando Haddad vence a figura política mais controversa e rejeitada dos últimos anos, José Serra. Prometendo mudanças, o candidato vem com propostas encabeçadas sob o slogan Pense Novo. O eleitorado então, deposita no candidato, esperanças de uma cidade melhor. Contudo, os primeiros meses de novo governo não trazem uma mudança de fato, isso se expressa numa greve do professorado municipal, que além de reivindicar reajuste, requer condições dignas de trabalho, menos assistencialismo e mais respaldo.
O estopim da insatisfação se dá quando o prefeito, juntamente com o governador do Estado de S. Paulo, Geraldo Alckimin, autorizam um aumento que eleva o preço das passagens de R$3,00 para R$3,20. Os vinte centavos, não seriam problema, se a população tivesse um transporte digno. Ocorre que na cidade de São Paulo, a insatisfação é enorme, pois há menos ônibus que passageiros, não há espaço pra tantos passageiros em trens e metrô. Ou seja, cobra-se muito caro por um serviço de má qualidade.
Movimento Passe Livre pede a revogação do aumento da passagem.
Tradicionalmente, todos os anos, quando se aumenta os valores das passagens de ônibus, movimentos de estudantes saem as ruas para protestar, pois o valor do ônibus elevado, dificulta demais a vida de quem precisa procurar emprego, fazer cursos, entre outras coisas. A diferença dessa vez é que junto com a insatisfação de sempre, veio atrelada, outras insatisfações: corrupção, gastos excessivos com eventos esportivos, saúde em caos, educação sem qualidade, falta de segurança, etc.
Foram realizadas algumas manifestações do Movimento Passe Livre, que contaram a pouco com a adesão de milhares de pessoas, na capital paulista. O motivo da adesão, foi a truculencia policial empregada contra os manifestantes nas primeiras manifestações, sobretudo, em 13 de junho, quando a Tropa de Choque, da PM paulista, transformou a Avenida Paulista (tradicional palco das manifestações da cidade) em um cenario de guerra. Muitos manifestantes foram duramente combatidos. Isso gerou criticas a atuacao da PM não só por parte dos manisfestantes, como por parte da sociedade civil que passou a abraçar a causa, fazendo outras reivindicações. Não se tratava mais de vinte centavos.
Pedido de mudanças no país,
Juntos aos jovens, muita gente da sociedade civil se uniu ao coro para cbrar do governo providencias.
Nas ruas, se via uma movimentação muito grande de pessoas pedindo mais saúde, educação, segurança, paz, etc. Nos manifestos, fazia-se um uníssono de insatisfação com a corrupção e com o descaso com os serviços públicos.
Em outros países, brasileiros organizaram atos em solidariedade aos manifestantes. Londres, Paris, Nova York também deram seu grito por menos corrupção e mais benefícios ao cidadão brasileiro. A imprensa estrangeira, começou a noticiar o que ocorria por aqui.
A imprensa brasileira.que até então sempre se mostrou contraria aos movimentos populares, como a greve de professores, acusando-os de fecharem o transito, por exemplo, passou a apoiar o povo nas ruas. Mostrando, com enfase, atos de violência e vandalismo.
A essa altura, a copa das confederações, evento esportivo de grande porte, transformou-se em copa das manifestações. Aguardemos os próximos desdobramentos conjunturais.
Idosa se manifesta.
Em Berlin por um Brasil melhor.
A imprensa brasileira.que até então sempre se mostrou contraria aos movimentos populares, como a greve de professores, acusando-os de fecharem o transito, por exemplo, passou a apoiar o povo nas ruas. Mostrando, com enfase, atos de violência e vandalismo.
A essa altura, a copa das confederações, evento esportivo de grande porte, transformou-se em copa das manifestações. Aguardemos os próximos desdobramentos conjunturais.
Diante de tantas exigencias da entidade, o povo também requer o seu padrão.
Protesto em frente a um estádio de futebol.
sábado, 1 de junho de 2013
Dom Casmurro - para ler e refletir:
Há duas semanas, o aluno Carlos do 2º B emprestou-me um livro do Machado que ainda não havia lido: Dom Casmurro. Esse é um dos três da trilogia machadiana, que se completa com Memórias Póstumas de Brás Cubas e Quincas Borba.
A história, é deliciosa de ler, mesmo com um português muito bem articulado, onde as palavras surgem antes da negação e há um muita vez, estranho para os dias em que saber usar o plural é uma dádiva. O fato é que é maravilhoso embarcar nesse universo, com suas palavras bem ditas e em um Rio de Janeiro distante e nem por isso, menos bonito.
A trama se desenvolve em torno da amizade de infância entre Bentinho e Capitu. Ele, na dúvida entre o amor nascente pela amiga/vizinha e o seminário. Ela, em suas atitudes doces e encantadoras, capazes de conquistar a todos.
O tempo passa, o jovem vai para o seminário, não sem a promessa de amor eterno e lá vive um ano. Na ocasião, conhece aquele que será seu amigo que o acompanhará boa parte da vida, o jovem Escobar, pessoa muito amável e agradável. Ao findar o ano, o seminarista é dispensado e volta para juntos dos seus, indo estudar em S. Paulo.
Em seu retorno ao Rio, Escobar já está por se casar com a amiga de Capitu, Sancha e em pouco tempo, Bentinho e Capitu contraem núpcias. O casamento corre às mil maravilhas e a amizade entre os dois casais cresce dia a dia.
O tempo passa, a amizade se fortalece cada vez mais. Escobar e Sancha tem uma filha, a quem dão o nome de Capitu. Bentinho e Capitu, tentam muito ser pais, até que finalmente conseguem. O unigênito recebe o nome de Ezequiel, em homenagem a Escobar.
Escobar morre afogado. Sancha e Capitu vão embora para o Paraná. Pouco a pouco, Bentinho percebe as semelhanças físicas entre o filho e o finado. A grande paixão da juventude dá lugar à amarguras e solidão.
O final eu não conto, peço que leiam e percebam as nuances da história. De maneira sutil, Machado de Assis dá pistas que só percebemos ao terminar da história. Não seria essa uma obra de final feliz, nem triste, mas de muita reflexão, de muito pensar, a cerca da fragilidade da condição humana. O que teria levado à tamanha traição? Cada um chegue as suas conclusões. Eu tenho as minhas próprias.
É uma leitura muito interessante, que faz o leitor viajar para outros tempos e vê-se a caminhar por uma Rio de Janeiro imperial. Recomendadíssimo.
sexta-feira, 31 de maio de 2013
Gramsci e a hegemonia:.
Antonio Gramsci foi um pensador italiano, do inicio do século XX, muito ligado ao pensamento comunista e anti-fascista. Escreveu para vários jornais comunistas e encontrava no socialismo a base de seus anseios e críticas. Foi perseguido pelo regime de Mussolini e morreu aos 46 anos, pouco depois de sair da prisão.
Para Gramsci, a ideologia é usada a favor da classe dominante. Ou seja, a dissimulação da realidade tem a função de alienar as pessoas com o objetivo de atender aos desejos da elite, que é quem de fato sai ganhando com isso.
O pensador diz que a transmissão da cultura e da ideologia, se encaixam na hegemonia (do grego supremacia, preponderância), em outras palavras, é ela quem impõe aos demais certas crenças, valores, estilo de vida, etc.
Gramsci fala em sua obra dos aparelhos de hegemonia. Trata-se dos meios de comunicação a serviço da classe social dominante. A imposição deles no poder não se faz apenas com guerras, justiça ou policia, mas, também se faz pelo convencimento.
Para tanto, jornais, revistas, etc. estariam a serviço dos poderosos, alienando o senso comum, enquanto as pessoas mais elevadas na sociedade estivessem indo ao encontro de seus interesses. Sendo assim, enquanto estivéssemos nos entretendo, a elite estaria trabalhando em prol de si mesma. Além dessa reprodução envolta nos meios de comunicação, a própria Educação estaria a serviço da hegemonia.
Contudo, existe a contra-hegemonia, que é realizada por intelectuais orgânicos, que questionam o sistema, geralmente, eles estão atrelados aos partidos de esquerda, aos sindicatos, etc. Seu trabalho é realizado com a elaboração de jornais, panfletos, etc, que tem a função de esclarecer a classe trabalhadora a cerca dos verdadeiros propósitos da burguesia.
quarta-feira, 29 de maio de 2013
Estado e suas concepções teóricas:
Ao falar sobre os governos, os livros de ciências humanas em geral, dão a eles o nome de Estado. É o Estado o grande administrador da vida pública, ou seja, da vida em sociedade. Independente do tipo de governo (se republica ou monarquia, por exemplo), o que é certo é o fato de que os povos que atingem certo grau de desenvolvimento, após o sedentarismo, precisam de governos, criam um Estado. Na História, vê-se profundamente esse fato, desde a Antiguidade. As cidades-Estado, por exemplo, são mostra de que há muito o homem constrói sua vida pautada na sociedade e sua relação com os seus semelhantes. Nesse caso, o Estado é o grande mediador de muitas relações humanas.
No estudo da Sociologia, há diversas teorias a respeito do Estado, sua importância e seu surgimento. Destacarei três apenas. Para Karl Marx, o Estado surge ao mesmo tempo em que aparece a propriedade privada e os homens passam a integrar diferentes classes sociais. Além disso, na visão de Marx, o Estado tem uma estrutura juridico-política que favorece a classe burguesa.
Para Émile Durkhein, o Estado é necessario numa sociedade tão complexa quanto a nossa (pós moderna), pois alem de gerir a vida em comum, o Estado tem uma função moral importantíssima: a de possibilitar o acesso à Educação, para que as pessoas possam ter um pleno desenvolvimento.
Para Max Webber, o Estado é a relação de homens, dominando homens. Para se garantir o poder, os que pretendem dominar, alcançam o poder por três vias: legal, tradicional ou carismática.
O que é fato, é que o Estado é de suma importancia para a vida em sociedade. O que se espera dele é uma boa gestão. Aquela que garanta o pleno funcionamentos dos serviços públicos e o bem estar de todos. Quando o Estado se omite, os problemas se agravam e a situação social perde o controle.
Evidentemente, gerir um país, não é tarefa fácil. Muito pelo contrário. Contudo, o governante deve ter consciencia da imensa responsabilidade que trás consigo para dessa maneira garantir que haja condições minimas de convivencia entre todos. Não é mesmo?
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Revolução, o que significa:
Habitualmente, nas nossas aulas de História ou de Sociologia, ouvimos a palavra revolução. Mas, o que de fato ela significa?
Para muitos, essa palavra é sinonimo de rebeldia, muito apropriada para pessoas engajadas em movimentos sociais, etc. Será que empregar a palavra de tal modo está correto?
Revoluçao é uma palavra de origem latina, que significa "ato de resolver". Ou seja, é apropriada quando empregada para resolução de problemas.
Nas Ciências Humanas, ela aparece para nomear certos eventos historicos, onde houve uma ruptura com o sistema vigente, seja ele politico, economico ou social. Nesse caso, a palavra também ganha o sentido de ruptura, porque se rompe com uma situação para ter inicio outra.
Sendo assim, a Revolução Francesa, por exemplo, recebe esse nome por se tratar de um evento que rompeu com a situação vigente do Antigo Regime, em que o clero e a nobreza eram bastante privilegiados e a monarquia reinava absoluta na França, em detrimento da pobreza do restante da populaçao.
Como se vê, é uma palavra bastante simples, que tem uma missao muito complexa: por fim a uma estrutura, para dar lugar a uma nova situação. Em outras palavras, requer coragem e disposição para mudar. Será que somos revolucionários o bastante em nossas vidas?
Na imagem, vê-se estudantes lutando contra a Ditadura de 1964. Seu ato de coragem pode ser considerado revolucionário.
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Ideologia: dissimulações na nossa realidade:
Muitos de nós já ouviu dizer que a verdade dói. Realmente, dependendo do teor das coisas ditas, pode doer mesmo. Imaginem se a verdade em questão tiver a ver com os interesses de uma classe dominante... neste caso, existe um recurso infalível: a ideologia. Ela mascara a realidade, dando as pessoas uma visão por vezes distorcidas das coisas.
Assim, as pessoas focam sua atenção em elementos superficiais e não refletem, muitas vezes sobre o que acontece em profundidade. Existe ideologia para todos os fins.
Gostaria de exemplificar dizendo da ideologia da felicidade, ou seja, da ideia que faz com que o senso comum acredite que só é possível ser feliz tendo um relacionamento amoroso bem sucedido. Como se só apenas formando um casal, fosse possível encontrar a felicidade. Como se a felicidade dependesse de mais alguém (além de nós mesmos) para acontecer.
Claro que ter um relacionamento estável é maravilhoso, mas não deve ser o único objetivo ou o centro da vida de uma pessoa. A felicidade é composta de momentos que podem ser vividos por todos, inclusive as pessoas solteiras.
Essa ideologia, evidentemente, não é de interesse de empresas ou governos, mas gera infelicidade em quem se deixa levar por essa ideia e não tem uma emoção educada para sentir-se apaixonado por si mesmo. Assim, muitos se deprimem, por acharem que só de finais felizes se constrói uma história de vida, esquecendo-se da grandiosidade e dinamismo que há na mesma.
Por fim, as realidades se escondem de várias maneiras em nosso cotidiano, sob vários aspectos, em diversas áreas e campos. Cabe a nós refletirmos e decidirmos no que queremos acreditar e se determinadas mensagens que nos são transmitidas, de fato o são. Sabe aquela frase: "a quem interessar possa..." é bem por aí!
Um mundo dividido:
No século XX, o mundo se viu dividido duas vezes, primeiro, entre o Nazi-fascismo e o recém criado estado soviético, experiencia socialista russa surgida apos a Revolução de 1917 naquele país. Esse antagonismo foi tão forte, que gerou a Segunda Guerra Mundial, conflito que envolveu muitos países e teve consequências seríssimas, como bombas atômicas e a dizimação de milhares de pessoas.
Após o termino da Segunda Guerra, no entanto, o mundo continuou dividido, desta vez, os polos eram capitalistas, representados pelos Estados Unidos e do outro lado estavam os comunistas, representados pela União Soviética. Juntos, protagonizaram a Guerra Fria, ou seja, uma tensão que durou décadas, sem que de fato houvesse uma batalha. Pela primeira vez a humanidade se viu envolta em um conflito ideológico.
A divisão do mundo em dois polos, não envolveu somente os Estados Unidos e a União Soviética, mas, movimentou os outros países também, pois essas ideologias passaram a ser estudadas no mundo todos despertando ideias em muitos, ideias essas que geraram movimentos e justificaram a implementação de governos ditatoriais, que apoiados na difusão de equívocos a cerca do comunismo, se instalaram no poder. Esse fenômeno por exemplo, ocorreu de maneira muito forte na América Latina, onde muitos ditadores ascenderam ao poder, justamente por prometer as elites locais o combate as ideias comunistas.
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