sexta-feira, 29 de março de 2013

Estação Pinacoteca (Museu da Resistência):

Entre 1964 e 1984, o Brasil viveu sob uma ditadura militar. Ou seja, um governo que impunha sobre a sociedade suas condições. Não havia democracias. Ninguém tinha voz ou vez. 
As pessoas não podiam se manifestar publicamente contrárias ao governo, correndo o risco de perder a própria vida. Nesse período, os contrários ao governo foram perseguidos, torturados e mortos. Muitos, desapareceram. Suas famílias jamais puderam enterrar seus corpos. 
Diante disso, muitos se viram obrigados a fugir do país. Políticos, artistas e intelectuais foram se exilar em várias partes do mundo. Não podiam sequer ter contato com seus familiares, porque o serviço nacional de informação interceptava suas mensagens.
Os livros de História que narram com precisão esse período dão uma pequena noção da crueldade a que muitos brasileiros foram submetidos pela coragem de desafiar um governo forte, militar. Em 1968, o ano que não terminou, Zuenir Ventura relata os fatos que geraram a implantação da ditadura no final da década de 60. Ele escreve de maneira bastante clara e concisa a cerca de fatos como a morte de um estudante no Rio de Janeiro, a briga entre universitários da USP e do Mackensie em São Paulo, o congresso da UNE no interior paulista, etc.
Em São Paulo, foi criado o Museu da Resistência que fica na Estação Pinacoteca (na Estação Júlio Prestes, na Luz). Desde 2006, é possível visitar o local que já abrigou o DOI-CODI, onde muitos foram presos e torturados. No Museu há uma intensa programação que visa refletir sobre a ditadura. Sempre há palestras e momentos de reflexão.
O visitante, pode sentir por si mesmo a energia pesada daquele ambiente. Ver as celas e ouvir em fones de ouvido os relatos de quem viveu esses momentos que constam das páginas mais lamentáveis da História recente do Brasil. 
É uma visita indicada pra todo aquele que quiser valorizar a liberdade que se tem. Infelizmente, muitos não sabem  utilizá-la e partem para a libertinagem.



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